Condicionamento Fisiológico de Sementes Florestais
silvicultura; sementes florestais; recursos florestais
A restauração ecológica depende do uso de sementes de alta qualidade fisiológica para garantir o estabelecimento adequado das plântulas. O condicionamento fisiológico tem se mostrado uma estratégia promissora para melhorar a germinação, o vigor e a tolerância ao estresse ambiental. Este estudo avaliou os efeitos do condicionamento fisiológico com diferentes moléculas sinalizadoras nitroprussiato de sódio (SNP), giberelina (GA₃), nitrato de potássio (KNO₃) e extrato aquoso de fumaça (EAF) sobre a germinação, o desempenho em campo, a resposta bioquímica e a viabilidade pós-armazenamento de sementes de quatro espécies florestais. Em laboratório, foram conduzidos testes fisiológicos para determinar a taxa de germinação, o tempo médio de germinação e o vigor inicial das plântulas, analises bioquímicas e analise de armazenamento pós condicionamento, em campo foram realizados teste de emergência, tempo médio de emergência e desenvolvimento de plântulas os resultados indicaram que os tratamentos levaram a uma maior germinação e reduziram o tempo necessário para a emergência das plântulas. Em condições de campo, as sementes condicionadas demonstraram melhor estabelecimento inicial, maior taxa de emergência e desenvolvimento mais uniforme em comparação ao controle, indicando um efeito positivo na adaptação das plântulas ao ambiente. A resposta bioquímica ao condicionamento revelou uma redução significativa nos níveis de peróxido de hidrogênio (H₂O₂) e malondialdeído (MDA), indicando menor estresse oxidativo. Foi observado aumento na atividade de enzimas antioxidantes, como superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), reforçando a capacidade das plântulas em mitigar danos causados por espécies reativas de oxigênio. A avaliação do armazenamento pós-condicionamento demonstrou que, embora o condicionamento fisiológico otimize a germinação e o vigor das plântulas, ele pode reduzir a longevidade das sementes, tornando-as mais suscetíveis à deterioração ao longo do tempo. Sementes armazenadas por períodos prolongados apresentaram redução na viabilidade, principalmente nos tratamentos que inicialmente promoveram maior taxa de germinação. Os resultados reforçam a importância do condicionamento fisiológico para potencializar o desempenho das sementes em laboratório e em campo, além de evidenciar os impactos bioquímicos e a necessidade de considerar a viabilidade pós-armazenamento. Esses resultados são fundamentais para protocolos de produção de mudas e para o sucesso de programas de restauração florestal.