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Banca de QUALIFICAÇÃO: CAMILA LÚCIA CARDOSO RIBEIRO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAMILA LÚCIA CARDOSO RIBEIRO
DATA: 12/08/2025
HORA: 16:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

Comportamento do armazenamento de água subterrânea em bacias de cabeceira de Minas Gerais


PALAVRAS-CHAVES:

Mudanças climáticas; modelagem hidrológica; produção de água; impactos do clima.


PÁGINAS: 101
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Engenharia Agrícola
SUBÁREA: Engenharia de Água e Solo
ESPECIALIDADE: Conservação de Solo e Água
RESUMO:

Mudanças nos padrões de chuva e temperatura impactam a recarga de aquíferos em bacias hidrográficas, afetando a disponibilidade de água, especialmente em períodos de seca, no qual o escoamento base mantem as vazões necessárias para suprir as demandas hídricas. O armazenamento de água subterrânea pode ser obtido por meio de metodologias como a de Brutsaert, que utiliza equações matemáticas, ou por meio de modelos hidrológicos. O objetivo desta tese é avaliar se as mudanças climáticas estão afetando a produção e o armazenamento de água nas principais bacias do estado de Minas Gerais, e se sim, desde quando e a que taxa de alteração; e simular o armazenamento subterrâneo ao longo do século em cenários futuros de mudanças climáticas. Na primeira parte do estudo foram escolhidas 4 regiões de cabeceira do estado de Minas Gerais, e analisadas as bacias que apresentam menores impactos provenientes de ações antrópicas (“pristine catchments”), sendo as bacias dos rios Jequitinhonha, Piracicaba, São Francisco, Grande e Sapucaí. Foram obtidas séries históricas de precipitação, temperatura e vazão, e posteriormente calculada a evapotranspiração potencial por meio do método de Thornthwaite, e o armazenamento subterrâneo utilizando-se a metodologia de Brutsaert, para as citadas bacias. Foram também obtidos mapas de solo, uso do solo e hidrogeológicos, além do Índice de Transformação Antrópica para as bacias. O teste de Mann-Kendall foi aplicado em todas as séries a fim de verificar se há tendência, e o teste de Sen para verificar se esta é de aumento ou de redução. De acordo com o teste de Mann-Kendall, praticamente todas as estações analisadas apresentaram tendência de aumento na temperatura e na evapotranspiração; para a precipitação não foi encontrada tendência significativa em nenhuma delas. As séries anuais de vazão média e mínima em 7 dias consecutivas (Q7) e de armazenamento subterrâneo obtiveram tendências de redução na maioria das bacias. A bacia do rio Jequitinhonha é a mais próxima das condições originais, indicando que as mudanças no clima impactaram quase que exclusivamente sua resposta hidrológica. Nas bacias dos rios Piracicaba e Sapucaí, não ficou claro se as mudanças climáticas podem explicar exclusivamente a tendência decrescente no armazenamento de água subterrânea devido à mudanças no uso do solo, mesmo nas cabeceiras, especialmente de floresta nativa (Mata Atlântica e Cerrado) para pastagem. As bacias dos rios São Francisco e Grande são as mais antropizadas e apresentaram as menores taxas de redução, mostrando-se resilientes às mudanças climáticas, pois seus aspectos geomorfológicos desempenham papel fundamental em amortecer os impactos hidrológicos. Na segunda parte do estudo foram escolhidas duas bacias de cabeceira analisadas anteriormente, com condições climáticas contrastantes, sendo a do rio Grande e do rio Jequitinhonha. Os modelos hidrológicos MHD-INPE e LASH serão utilizados para simular o escoamento nas bacias ao longo do tempo. Primeiramente, será feita a calibração e validação dos modelos e, então, estes serão executados com um horizonte de simulação até o ano de 2099, e passo de tempo diário, utilizando dados climáticos dos modelos climáticos globais HadGEM2-ES, MIROC5, CanESM2 e BESM regionalizados com o modelo ETA/CPTEC, nos cenários RCP 4.5 e 8.5. Para a análise dos resultados serão utilizados os testes de Mann-Kendall e Sen para avaliar tendências, além da comparação das curvas de permanência de vazão nos diferentes cenários. Os resultados poderão contribuir com a gestão dos recursos hídricos em Minas Gerais, visto que indicam as bacias mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas, permitindo que sejam tomadas decisões para diminuir esses impactos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - SAMUEL BESKOW - UFPel (Membro)
Externo à Instituição - PÂMELA APARECIDA MELO - CEMADEN (Suplente)
Externo à Instituição - MARCELLE VARGAS - UFPel (Membro)
Interno - LIVIA ALVES ALVARENGA (Membro)
Externo ao Programa - LEANDRO CAMPOS PINTO - DCS/ESAL (Suplente)
Presidente - CARLOS ROGERIO DE MELLO (Membro)
Notícia cadastrada em: 30/05/2025 14:33
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