Avaliação da dinâmica de carcaças de peixes no rio Paraopeba: bases para estimativas de danos em episódios de mortandade.
Ictiofauna. Mortalidade de peixes. Rompimento de barragem. Córrego Ferro-Carvão.
Eventos de mortandade de peixes estão, na maioria das vezes, ligados às atividades antropogênicas. Eles podem reduzir as populações e alterar toda a dinâmica da comunidade, além de causar perdas econômicas significativas. Estudos científicos de avaliação de mortes de peixes nas regiões neotropicais como o Brasil são escassos. Vários fatores biofísicos possuem forte influência sobre o destino das carcaças e esses fatores, agindo sozinhos ou combinados, podem atuar reduzindo a probabilidade de as carcaças serem visíveis e afetar as estimativas de forma a subestimar a mortalidade total. No Brasil não há, ainda, estudos que possibilite a realização de estimativas mais precisa do número de peixes mortos. Dessa forma, o objetivo desse projeto é, entender a dinâmica de carcaças de peixes e a partir de tais dados, e gerar um estimador do número de peixes afetados. Para isso, serão realizados dois experimentos: o primeiro relacionado ao tempo até vir à tona das carcaças, bem como do tempo em que a carcaça permanece boiando; e o segundo relacionado ao comportamento das carcaças no rio, após a morte dos indivíduos. Serão utilizadas cinco espécies de peixes, levando em consideração a inclusão de espécies de diferentes portes, a representação de grupos taxonômicos distintos, diferenças anatômicas relevantes para o contexto do estudo, além de hábitos diferentes.