Pequenos Mamíferos Não Voadores da RPPN Galheiro: A Influência dos Microhabitats na Estrutura da Comunidade
Pequenos mamíferos, Microhabitat, Cerrado, Fitofisionomia
O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil e também o segundo mais ameaçado, suas diferentes fitofisionomias proporcionam diferentes condições de habitats que influenciam no estabelecimento das espécies. Por isso, o objetivo do trabalho, foi identificar quais espécies estão presentes nas fitofisionomias de mata estacional semidecidual e cerrado stricto sensu, avaliando possíveis diferenças na riqueza, abundância, estrutura e composição da comunidade de pequenos mamíferos não voadores, bem como possíveis preferências ambientais. O estudo foi conduzido na RPPN Galheiro, localizada no município de Perdizes/MG. A amostragem ocorreu durante seis campanhas mensais, com duração de sete dias, sendo três na estação seca e três na estação chuvosa. A metodologia de captura utilizada foi armadilhas do tipo Sherman e Tomahawnk, utilizando isca padrão e as variáveis ambientais foram coletadas pelo método proposto por Freitas et al (2002). Os resultados encontrados sugeriram que a riqueza e a abundância são semelhantes entre as fitofisionomias, enquanto a composição da comunidade difere entre os dois ambientes, além disso, devido à alta heterogeneidade de microhabitats do cerrado, a presença de rocha e a disponibilidade de frutos, influenciam positivamente na probabilidade de ocorrência das espécies. Este estudo enfatiza a importância de preservar ambas as fitofisionomias, pois cada uma abriga uma composição específica de espécies. Esse conhecimento pode subsidiar estratégias de conservação mais eficazes, aprimorando medidas voltadas à proteção do grupo. Além disso, o presente estudo acrescentou quatro novas espécies à lista de pequenos mamíferos não voadores da RPPN Galheiro.