IMPACTO DA INTENSIDADE E QUALIDADE DE LUZ E VENTILAÇÃO NATURAL NA BIOMASSA E COMPOSTOS VOLATEIS DE Mentha piperita L. IN VITRO
compostos voláteis; membrana alternativa; hortelã pimenta; micropropagação; fotomorfogênese.
A Mentha piperita L. é uma erva medicinal utilizada tradicionalmente no tratamento de doenças, na culinária e na produção de produtos de higiene pessoal. A intensidade e a qualidade luminosa, geram respostas fisiológicas e morfogênicas específicas, além do sistema de ventilação natural que auxiliam na produção de mudas mais resistentes a aclimatização. Objetivo foi avaliar o efeito da intensidade luminosa, qualidade de luz e a ventilação natural na produção de biomassa e compostos voláteis de Mentha piperita micropropagadas. Foram inoculados segmentos nodais de 1 cm de plântulas estabelecidas in vitro. No primeiro experimento os explantes foram cultivados sob diodos emissores de luz (LEDs) nas intensidades de 20, 57, 78, 102 e 139 μmol m-2 s-1. No segundo experimento os explantes ficarão sob a qualidade de luz LED branca; azul; vermelho; 70% azul: 30% vermelho; 30% azul:70% vermelho; 50% azul:50% vermelho. No terceiro experimento foram utilizados frascos utilizando o sistema de ventilação natural (SVN) com 1 (SVN1), 2 (SVN2), 4 (SVN4) membranas porosas nas tampas e sem membrana (SVN0 - controle). Todos os experimentos foram avaliados 30 dias após a inoculação, sendo avaliado comprimento do maior broto e 2° entrenó, número de brotos, área foliar, número de folhas, biomassa seca das folhas, caule e raiz, além das análises dos pigmentos fotossintéticos, fenóis, flavonoides e compostos voláteis. Os dados foram analisados com o software Sisvar para comparação das médias, utilizando o teste de Scott Knott a probabilidade de 5%. Foi possível observar nos resultados do primeiro experimento que as plantas sob 20 μmol m-2 s-1,ficaram estioladas e com maior teor de pigmentos fotossintéticos. As intensidades de 78, 102 e 139 μmol m-2 s-1 obtiveram maior acumulo de biomassa seca das folhas e total. A densidade do fluxo de fótons não influenciou os compostos majoritários. No experimento de qualidade de luz a luz vermelha e 70%V:30%A estimulou o crescimento do caule e do 2° entrenó. A luz branca, azul, 50%V:50%A e 30%V:70%A beneficiaram a produção de biomassa seca das folhas e raiz. Os brotos sob as combinações de 50%V;50%A acumularam maior teor de clorofila a total e carotenoides. A luz vermelha e 70%V:30%A estimularam a produção de mentofurano. No experimento de ventilação natural os brotos tiveram maior crescimento da parte aérea, acumulo de biomassa seca das folhas, caule e raiz em SVN4 e maior teor de pigmentos fotossintéticos em SVN2. Conclui-se que a partir de 78 μmol m-2 s-1 as mudas de hortelã pimenta desenvolvem maior número de brotos, folhas e biomassa seca das raízes, além de crescerem mais vigorosas. O indicado é cultivar a espécie em luz branca, 50%V:50%A e 70%V:30%A para a obtenção de mudas com bom desenvolvimento da parte aérea, acúmulo de biomassa seca das folhas, produção dos pigmentos fotossintéticos e mentofurano, composto importante para a indústria da perfumaria. O SVN4 proporciona melhor desenvolvimento das mudas in vitro. As plantas fotoautotróficas produziram maior teor de mentofurano.