INDUÇÃO DA TOLERÂNCIA À DEFICIT HIDRICO EM SEMENTES DE Coffea
arabica SUBMETIDAS AO CONDICIONAMENTO FISIOLÓGICO
Café, priming, quitosana, estresse hídrico.
Uma das espécies mais cultivadas para fins comerciais é Coffea arabica L, porém,
devido a lenta germinação e a baixa longevidade das sementes, o tempo para o
desenvolvimento das plântulas e plantas é maior. Há ainda as limitações abióticas que
podem afetar a planta, sendo o estresse hídrico o principal fator. Assim sendo,
sementes submetidas à condição de estresses artificiais podem fornecer subsídios ao
entendimento acerca da capacidade das espécies se adaptarem às condições de
estresses naturais. Diante do exposto, a pesquisa teve por objetivo induzir a tolerância
à déficit hídrico em sementes de Coffea arabica condicionadas com diferentes
moléculas sinalizadoras. Foi utilizada a linhagem Catuaí amarelo. As sementes foram
cedidas pela Sementes de Café Bom Jardim, localizada em Bom Sucesso, MG. O uso
dessas moléculas aliado ao condicionamento fisiológico em sementes é promissor para
o envigoramento das sementes e formação das mudas sob restrição hídrica. As
sementes com pergaminho foram mantidas em soluções aeradas dos reagentes
Nitroprussiato 100 µM; Quitosana 0,75 µM; Giberelina 50 mg L -1 ; Ácido indol acético
– AIA 100 µM e Água e foram condicionadas durante sete dias. Em seguida foram
tiradas do condicionamento, lavadas em água corrente e submetidas a testes de
germinação. Foi feito também experimento de viveiro e testes de laboratório. No
viveiro as sementes foram semeadas, com pergaminho, em saquinhos. O substrato
utilizado foi terra e areia na proporção de 2:1, mais a adubação NPK. Cada saquinho
recebeu 3 sementes num total de 12 saquinhos por repetição com 3 repetições por
tratamento. O delineamento foi em bloco com parcela subdividida, com sementes sem
condicionamento como controle, e sementes condicionadas em presença das 4
moléculas sinalizadoras e água. As sementes foram irrigadas por 6 meses após a
semeadura, quando a irrigação do tratamento sob estresse foi cortada e as plântulas
mantidas a 40% da capacidade de campo por 30 dias. Após este período, foi medida a
capacidade de sobrevivência e crescimento das plântulas. Foi coletado o material para
a realização dos testes bioquímicos. Os testes laboratoriais foram realizados após 0, 3
e 6 meses do condicionamento utilizando sementes sem pergaminho. Os testes de
germinação foram realizados em 4 repetições de 25 sementes por parcela. As sementes
foram envolvidas em rolo de papel umedecido com 2,5 vezes o seu peso em água (sem
estresse) ou solução de PEG-6000 a -0,4 Mpa e mantidas em germinador tipo
Mangelsdorf a 20-30°C em luz constante por 45 dias. As contagens foram realizadas
aos 15, 30 e 45 dias.