UTILIZAÇÃO DO RESÍDUO DE TUBOS DE PAPEL RECICLADO PARA OBTENÇÃO DE PLACAS CIMENTICIAS CURADAS PELO PROCESSO DE CARBONATAÇÃO ACELERADA
Carbonatação acelerada, Fibrocimento, fibra vegetal
O presente estudo teve como objetivo avaliar a incorporação de resíduos de tubos de papel na substituição de fibras branqueadas de pinus que são utilizadas como reforço em chapas cimentícias e analisar o efeito da carbonatação acelerada realizada com diferentes tempos de condicionamento, nas propriedades físicas e mecânicas destas chapas. As fibras de pinus e do resíduo foram caracterizadas quanto a composição química, microscopia, termogravimetria e difração de raios X. As chapas cimentícias com adição de fibras residuais e carbonatadas foram avaliadas por ensaios de microscopia, termogravimetria, difração de raios X e análises físicas e mecânicas. Em geral, as fibras vegetais se degradam ao entrarem em contato com o hidróxido de cálcio presente na matriz cimentícia. Uma das formas encontradas para reduzir essa degradação é acelerar a reação de carbonatação entre o dióxido de carbono e o hidróxido de cálcio. Esta reação ao consumir o hidróxido de cálcio e produzir o carbonato de cálcio, diminui a alcalinidade do meio. A utilização de fibras residuais pode dar novos destinos a resíduos que outrora não seriam aproveitados adequadamente. Os resultados apontaram um aumento no módulo de ruptura à medida em que se incorporam as fibras residuais em substituição às fibras de pinus. As chapas cimentícias com 25% de fibras residuais tiveram um aumento de 37,7 % no módulo de ruptura e 28% na energia específica em relação às chapas cimentícias controle com 100 % de fibras de pinus. Em relação à carbonatação acelerada, os ensaios físicos e mecânicos indicaram que a carbonatação acelerada não foi efetiva o suficiente para que houvesse ganhos concretos em relação às amostras controle.