ANÁLISE DE NOVOS REVESTIMENTOS PARA PAPEL KRAFT UTILIZANDO NANOFIBRILAS DE CELULOSE, ÓXIDO DE GRAFENO E GOMA GUAR
Microfibrilas de celulose, Embalagens, Óxido de grafeno, Goma guar, Propriedades de barreira, Resistência a óleo.
O papel é amplamente reconhecido como um material de embalagem ecológico devido à sua
capacidade de renovação, reciclagem e biodegradabilidade. Os papéis não possuem
propriedades suficientes de barreira para preservar as mercadorias da deterioração. Diante
disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do revestimento de duas camadas no papel
kraft com suspensões de nanofibrilas de celulose (NFC), óxido de grafeno (GO), nanofibrilas
de celulose com óxido de grafeno (NFC/GO) com teores de 5 e 10%, goma guar (GG) e goma
guar com nanofibrilas de celulose (GG/NFC) com teores de 3 e 5%. Avaliou-se a gramatura, a
espessura, a resistência a óleo, a absorção de água (COBB), a molhabilidade, a taxa de
transmissão de vapor de água (TPVA), a morfologia (MEV) e a topografia (AFM) dos papéis
revestidos, que foram comparados ao papel kraft de referência. As imagens do microscópio
eletrônico de varredura (MEV) dos papéis revestidos mostraram uma redução significativa dos
espaços vazios presentes no papel kraft de referência sem revestimento. A resistência a óleo
aumentou para os papéis revestidos com goma guar e para os papéis revestidos de goma guar
com nanofibrilas de celulose 3 e 5%, em relação ao papel kraft de referência, A absorção de
água (COBB) diminuiu para os papéis revestidos com óxido de grafeno, porém para os papéis
revestidos com nanofibrilas de celulose, nanofibrilas de celulose com óxido de grafeno 5 e 10%,
goma guar e goma guar com nanofibrilas de celulose 3 e 5% a absorção de água aumentou em
relação ao papel kraft de referência. A molhabilidade aumentou para todos os revestimentos,
pois seus ângulos de contato foram menores que o do papel de referência (99,88°), ficando
abaixo de 90°, demonstrando que todos os revestimentos são hidrofílicos. Ocorreu aumento do
TPVA para o revestimento de nanofibrilas de celulose e houve redução de TPVA em todos os
outros papéis revestidos em comparação com o papel kraft de referência. Os melhores
resultados de TPVA e PVA foram observados para o revestimento de nanofibrilas de celulose
com óxido de grafeno 10% e para o revestimento de goma guar com nanofibrilas de celulose
3%, o que ocasionou uma diminuição na permeação de gases. Pode-se concluir que o
revestimento de óxido de grafeno apresentou o melhor resultado na absorção de água, o
revestimento de nanofibrilas de celulose com óxido de grafeno 10% e o revestimento de goma
guar com nanofibrilas de celulose 3% apresentaram os melhores resultados na diminuição da
permeabilidade ao vapor de água, e o revestimento de goma guar apresentou o melhor resultado
da resistência ao óleo, podendo estes então atuarem como embalagem de alguns produtos.