O Museu da Oralidade e seu arquivo: memórias, fragmentos, resíduo
arquivo, memória, fragmento, resíduo
Este trabalho investiga e discute teórico-reflexivamente o arquivo do Museu da Oralidade de Três Corações (MG), composto de narrativas de vidas (gravadas e escritas), seus desdobramentos e suas formas atuais e futuras diante da transição do ambiente físico para o virtual e da perda parcial desse arquivo. O corpus é analisado a partir das noções teóricas de memória, segundo Assmann (2011), Le Goff (2013), Bosi (2003), e de pós-memória, segundo Hirsch (2012). Partindo-se das considerações de Benjamin (2009, 2012), Gagnebin (2009) e Seligmann-Silva (2013), são desenvolvidas as hipóteses de análise do arquivo como fragmento (2012), resíduo (2012) e rastro (2012). Colombo (1993), Derrida (2001), Souza (2011) e Marques (2011) suportam teoricamente as discussões voltadas para a constituição e a natureza do arquivo. Finalmente, as considerações sobre cultura e identidade são embasadas nas pesquisas de Hall (2016, 2019) e, com Arfuch (2009, 2010, 2012), é abordado o espaço biográfico contemporâneo e, nesse espaço, as possíveis projeções do arquivo investigado.