Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: JOHNNIE RICHARD PEREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOHNNIE RICHARD PEREIRA
DATA: 08/10/2025
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/gry-tdou-zii
TÍTULO:

RECONHECIMENTO E INVISIBILIDADE NA PRODUÇÃOCIENTÍFICA:: CONSIDERAÇÕES SOBRE DIVERSIDADE E A
INFLUÊNCIA DA NACIONALIDADE NO ESTUDO DE CASO SOBRE MÁRIO SCHENBERG E O PROCESSO URCA


PALAVRAS-CHAVES:

Nacionalidade; Natureza da Ciência; Educação em Astronomia; História e Filosofia da Ciência; Mário Schenberg.


PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
RESUMO:

Esta dissertação investiga a potencialidade da história da ciência como recurso didático para
o ensino de Física, com ênfase na evolução estelar e nas concepções de Natureza da Ciência
(NdC) manifestadas por estudantes. A pesquisa toma como eixo central o episódio histórico do
desenvolvimento do Processo URCA e a colaboração entre George Gamow e Mário Schenberg,
analisando como esses acontecimentos podem ser utilizados para problematizar visões simplis-
tas ou distorcidas sobre a ciência. Nosso objetivo geral é compreender de que maneira a história
desse episódio pode contribuir para desconstruir concepções reducionistas, como o indutivismo
ingênuo, a ideia de neutralidade cultural e social da ciência e a noção de produção de verdades
absolutas. Para isso, a investigação se estrutura em dois momentos: (i) uma análise teórica dos
aspectos históricos e filosóficos do episódio, identificando elementos que permitam discutir a
diversidade epistêmica e demográfica no desenvolvimento científico; e (ii) uma etapa empírica,
em que utilizaremos os dados empíricos de uma intervenção didática baseada na estratégia das
narrativas interrompidas, visando fomentar debates sobre NdC e nacionalidade em sala de aula.
A partir dessa proposta, buscamos também analisar como as concepções dos estudantes, espe-
cialmente no que se refere à influência da nacionalidade na prática científica, se manifestam
durante as atividades. Para isso, elaboramos categorias prévias para investigar visões sobre o
grau de influência social sobre a ciência. O grau inicial (grau 1) consiste em visões do senso
comum, defendendo que a ciência é neutra. Nos graus 2, 3 e 4 há um aumento gradual na
importância atribuída às influências sócio culturais sobre a ciência. De forma mais ampla, este
trabalho discute a relevância de valorizar trajetórias científicas situadas em contextos perifé-
ricos, como a de Mário Schenberg, e de reconhecer que a ciência é uma prática marcada por
disputas interpretativas, circulação internacional de ideias e múltiplas racionalidades, evitando
leituras homogêneas e universalistas. Assim, propomos a articulação entre ensino de ciências,
justiça cognitiva e epistemologias plurais como caminho para um ensino de Física mais crítico,
contextualizado e inclusivo, capaz de dialogar com a diversidade sociocultural dos(as) estudan-
tes e promover uma compreensão mais ampla da produção científica.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALEXANDER BRILHANTE COELHO - CSC (Membro)
Externo à Instituição - IVÃ GURGEL - USP (Membro)
Externo à Instituição - EVANDRO FORTES ROZENTALSKI - UNIFEI - UNI (Suplente)
Interno - LEONARDO GONCALVES LAGO (Membro)
Interno - JENNIFER CAROLINE DE SOUSA (Suplente)
Interno - BRENO PASCAL DE LACERDA BRITO - UFLA (Suplente)
Presidente - ALEXANDRE BAGDONAS HENRIQUE (Membro)
Notícia cadastrada em: 09/09/2025 15:13
SIGAA | DGTI - Diretoria de Gestão de Tecnologia da Informação - Contatos (abre nova janela): https://ufla.br/contato | © UFLA | appserver1.srv1inst1 15/09/2025 14:24