Banca de DEFESA: RODOLFO HENRIQUE FREITAS GRILLO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RODOLFO HENRIQUE FREITAS GRILLO
DATA: 07/05/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Online
TÍTULO:

PROPRIEDADES TÉRMICAS E MECÂNICAS DE ARGAMASSA ARMADA DOSADA COM RESÍDUO CERÂMICO PARA APLICAÇÃO EM INSTALAÇÕES DE MATERNIDADE NA SUINOCULTURA

PALAVRAS-CHAVES:

nstalações para suínos. Maternidade para suínos. Escamoteador. Divisórias. Resíduos cerâmicos. Propriedades da argamassa. Isolamento térmico

PÁGINAS: 158
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Engenharia Agrícola
SUBÁREA: Construções Rurais e Ambiência
ESPECIALIDADE: Engenharia de Construções Rurais
RESUMO:

Na maternidade para suínos, o escamoteador, no interior da cela de maternidade, é responsável por garantir as condições térmicas ideais para os leitões recém-nascidos, minimizando as elevadas taxas de mortalidade por hipotermia, mantendo um ambiente mais aquecido do que demandado pelas matrizes. A promoção e manutenção da temperatura em seu interior, depende não só de uma fonte adicional de calor, mas também, do material empregado para o seu fechamento, que, para ser eficiente, deve apresentar a propriedade de baixa condutividade térmica. Torna-se interessante o emprego, para esse fim, materiais oriundos de processo de fabricação industrial, classificados como resíduo ou subprodutos, fomentando práticas sustentáveis e reduzindo custos nos processos construtivos das instalações rurais. O objetivo do presente trabalho, foi avaliar as propriedades térmicas e mecânicas de argamassa sustentável, dosada com resíduo cerâmico industrial, para ser utilizada no processo de fabricação modular de escamoteadores, para instalações de maternidade na suinocultura. Para dosagem das argamassas, foi utilizado o traço em volume 1:4 (cimento, agregado) e a dosagem de água foi determinada a partir dos resultados do ensaio que mede o índice de consistência, variando da condição plástica para seca. Duas amostragens de argamassas foram utilizadas nos ensaios, uma obtida a partir da substituição de agregado natural por resíduo cerâmico, designada  AN, nos teores 0%, 12%, 25%, 37%, e 50%. A outra amostragem, dosada com 100% de resíduo cerâmico, variando somente a dosagem de água, designada AC, para relação água/cimento 1,35, 1,20, 1,12, 1,05 e 0,90. Para os ensaios de resistência mecânica, foram preparados corpos de prova cilíndricos e também no formato de barras. Para o ensaio de condutividade térmica, foram preparadas amostras no formato de placas. Foram designadas de AN e AC as argamassas em que se empregou o agregado natural e agregado cerâmico, respectivamente. O melhor resultado do índice de consistência para argamassa mais plástica, foi obtido para argamassa dosada com 100% de resíduo cerâmico, AC-1,35, de 346 mm, que também apresentou índice de vazios de 23,68%, mais elevado que o observado para argamassa AN-0%, de 22,55%. A argamassa que apresentou o maior índice de vazios, de 30,86%, e a menor densidade de massa unitária da amostra seca, de 2.134 g cm-3, foi a argamassa dosada com 100% de resíduo cerâmico, AC-0,90. que também foi a que apresentou plasticidade adequada para etapa de conformação das placas, de 197 mm. Analisando as propriedades térmicas das amostras, verificou-se que a argamassa dosada com 100% de resíduo cerâmico, designada AC-0,90, apresentou o valor mais baixo de condutividade térmica, λ = 0,439 W m-1K-1, ou seja, uma condição isolante mais eficiente, resultado importante para as placas que serão fabricadas para construção do escamoteador. Apresentou também, uma redução mais elevada da taxa de condutividade térmica, de 42%, comparada com a argamassa AN, de 25%. A influência do resíduo cerâmico na redução da condutividade térmica, também foi observada nas dosagens das argamassas por substituição, designada AN, ou seja, a elevação do teor de substituição de agregado natural por resíduo cerâmico, reduziu também a condutividade térmica das amostras. Para os resultados de resistência mecânica, a argamassa dosada com 100% de resíduo cerâmico, AC-0,90, de menor condutividade térmica, também apresentou resistência mecânica suficiente para resistir aos esforços em serviço, equivalente à aplicação de força máxima de 318,60 kg. A partir dos resultados analisados, foi possível constatar as reais possibilidades de se utilizar resíduo cerâmico originados do processo de fabricação de louças cerâmica sanitária na dosagem de argamassa para fabricação do escamoteador na suinocultura.  

MEMBROS DA BANCA:
Interno - TADAYUKI YANAGI JUNIOR (Membro)
Externo à Instituição - RÉGIS MARCIANO DE SOUZA - IFMG (Membro)
Externo ao Programa - RODRIGO ALLAN PEREIRA - DEA/EENG (Membro)
Externo ao Programa - LEONARDO SCHIASSI - DEA/EENG (Suplente)
Externo à Instituição - CARLOS CEZAR DA SILVA - IFMG (Suplente)
Externo à Instituição - ALLAN ALVES FERNANDES - Unipampa (Membro)
Presidente - ALESSANDRO TORRES CAMPOS (Membro)