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Banca de DEFESA: ANA PAULA ABRANTES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA PAULA ABRANTES
DATA: 26/08/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Anfiteatro do Departamento de Química
TÍTULO:

IDENTIFICAÇÃO DE HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS EM CACHAÇA MANTIDA EM COROTES DE POLI(TEREFTALATO) DE ETILENO SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO


PALAVRAS-CHAVES:

Qualidade de cachaça; Contaminantes orgânicos; Embalagens poliméricas.


PÁGINAS: 110
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
RESUMO:

A cachaça é uma bebida exclusiva do Brasil. Apresenta características sensoriais peculiares possuindo grande amplitude histórica, cultural e econômica. Vem conquistando o mercado nacional e internacional se destacando por ser a segunda bebida mais consumida no mercado interno e o terceiro destilado mais consumido no mundo. Todas as etapas de produção deste destilado influenciam na composição volátil do produto, formando os compostos principais, etanol e água, e os compostos secundários que são responsáveis pela percepção sensorial da bebida. Outras substâncias, consideradas negativas durante a cadeia produtiva, podem ser produzidas. Contaminantes como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA’s), comumente encontrados em bebidas e alimentos vem sendo estudados por possuírem características carcinogênicas e genotóxicas. Uma das formas de contaminação na cachaça é o uso de recipientes inadequados para o armazenamento deste destilado, bem como as condições de acondicionamento. Embalagens como o poli(tereftalato) de etileno (PET) tem sido amplamente utilizados como embalagens de envase de bebidas por apresentarem características convenientes. No entanto, é essencial atentar-se quanto ao uso de embalagens poliméricas, em relação à interação embalagem-produto e do fator de migração de compostos potencialmente prejudiciais à saúde humana como os HPA’s. Os objetivos deste trabalho foram analisar as qualidades físico-químicas e cromatográficas de uma amostra de cachaça acondicionada em corote PET sob diferentes condições de armazenamento (laboratório, geladeira, sob incidência contínua de radiação solar e ao abrigo de luz), além de identificar e quantificar HPA’s na mesma bebida por um período de 12 meses. As análises físico-químicas foram realizadas segundo a metodologia preconizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e as análises dos HPA’s foram realizadas por HPLC. Na caracterização do PET, foram realizadas análises térmicas dos polímeros (DSC, TGA e FTIR). Observou-se que a qualidade das amostras foi afetada pela embalagem PET e pelas condições de armazenamento causado por perdas da fração água-etanol, reação de oxidação e processos degradativos do polímero. O acondicionamento da cachaça em corotes PET sob condições de laboratório apresentou concentrações elevadas para os compostos benzo[a]pireno (BaP) e benzo[a]antraceno em relação à amostra em recipiente de vidro e, a amostra sob incidência de radiação solar excedeu o limite máximo permitido pela União Europeia para o BaP. Esses HPA’s são considerados marcadores cancerígenos. Infere-se, portanto, que o PET, apesar de apresentar características adequadas para uso na indústria de embalagens, para a cachaça, sob determinadas condições de armazenamento podem interferir na qualidade do destilado, não sendo ideal para armazenamento desta bebida.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - MARIA DAS GRACAS CARDOSO (Membro)
Interno - GUILHERME MAX DIAS FERREIRA (Membro)
Externo ao Programa - JOSEFINA APARECIDA DE SOUZA - DQI/ICN (Suplente)
Externo ao Programa - MARIA LUISA TEIXEIRA - DQI/ICN (Suplente)
Externo à Instituição - MANUEL CARLOS MINEZ TÁBUA - UP (Membro)
Notícia cadastrada em: 22/08/2022 09:53
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