Banca de DEFESA: JÚLIA FONSECA COLOMBO ANDRADE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JÚLIA FONSECA COLOMBO ANDRADE
DATA: 30/10/2020
HORA: 08:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

ALTERAÇÕES NOS ATRIBUTOS FÍSICOS DO SOLO PELA APLICAÇÃO DE DIFERENTES PROPORÇÕES ENTRE ESGOTO SINTÉTICO E ÁGUA TRATADA

PALAVRAS-CHAVES:

Reúso de água. Física do solo. Capacidade de infiltração

PÁGINAS: 75
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Engenharia Agrícola
SUBÁREA: Engenharia de Água e Solo
RESUMO:

A crescente demanda de água requerida pelo crescimento populacional e
desenvolvimento socioeconômico impacta as fontes de água de todo o mundo,
ampliando a pressão sobre os recursos hídricos. Nessas circunstâncias o uso de águas
residuárias, para as mais diferentes finalidades, está se tornando um elemento chave
para o gerenciamento de recursos hídricos, auxiliando a mitigar os efeitos prejudiciais
dos déficits hídricos locais. A agricultura é uma das áreas com maior potencia de reuso
de água residuária, devido à presença de matéria orgânica e nutriente nos efluentes.
Desta forma o objetivo deste trabalho foi avaliar os possíveis efeitos nos atributos
físicos de um Latossolo Vermelho Distróférrico (LVd) após aplicações de efluente
doméstico sintético. O experimento foi conduzido em casa de vegetação constando-se
de colunas de 20 cm de solo contidas em segmentos de tubo de PVC rígido de 10 cm de
diâmetro , com aplicação de água tratada e efluente sintético em diferentes proporções
por 4 meses. Adotou-se o delineamento em blocos casualizados, com seis tratamentos e
três repetições, sendo os tratamentos : água tratada (T0), mistura de 20% de esgoto
doméstico sintético e 80% de água tratada (T1), 40% de esgoto doméstico sintético e
60% de água tratada (T2), 60% de esgoto doméstico sintético e 40% de água tratada
(T3), 80% de esgoto doméstico sintético e 20% de água tratada (T4) e esgoto doméstico
sintético (T5). No efluente, foram avaliados: pH, condutividade elétrica (CE), sólidos
totais (ST), sólidos em suspensão (SS), sólidos dissolvidos (SD), demanda química de
Oxigênio (DQO), Óleos e graxas (O&G), Nitrogênio total Kjeldahl (NTK), Fósforo
total (P), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Sódio (Na), na água tratada foram avaliados o
pH, CE, Ca, Mg e Na. No solo, antes e após a aplicação do efluente, nas camadas de 0 a
2 cm, 2 a 5 cm, 5 a 10 cm, 10 a 15 cm e 15 a 20 cm, foram avaliados a massa especifica
do solo (Ds), massa específica de particula (Dp), porosidade total (PT), macro (Ma) e
microporosidade (Mi), argila dispersa em água (ADA) e obteve a curva de retenção de
água. Avaliou-se também no solo a capacidade de infiltração, ajustando os modelos de
Kostiakov, Kostiakov-Lewis e Horton e foram obtidas micrografias do solo . Observou-
se um aumento da massa específica do solo e diminuição da porosidade com aplicação
do efluente bruto, principalmente na camada mais superficial do solo, além de um
menor grau de floculação na camada de 0-10 cm dos solos dos tratamento T4 e T5. A
capacidade de infiltração do solo foi fortemente impactada pela aplicação do efluente, a
condutividade hidráulica do solo saturado (Ks) variou de 20,77 cm h -1 no solo antes da
irrigação para 6,03 cm h -1 no solo com aplicação do efluente bruto , todavia nas misturas
com até 80% de esgoto sintético o Ks foi superior a 20,45 cm h -1 .O modelo que melhor
se adequou foi o de Kostiakov-Lewis e com as micrografias do solo foi possível
observar a formação de um crosta nos solos tratados com efluente bruto o que foi
responsável pela diminuição da infiltração neste tratamento. Sendo assim a aplicação de
efluente bruto no solo, apresentou efeitos deletérios.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - LUIZ FERNANDO COUTINHO DE OLIVEIRA (Membro)
Interno - RONALDO FIA (Membro)
Interno - MATEUS PIMENTEL DE MATOS (Suplente)
Externo à Instituição - ERIKA ANDRESSA DA SILVA - UEMG (Suplente)
Externo à Instituição - DANIEL FONSECA DE CARVALHO - UFRRJ (Membro)