Banca de QUALIFICAÇÃO: VANESSA ALVES MANTOVANI

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VANESSA ALVES MANTOVANI
DATA: 17/11/2020
HORA: 08:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

Dinâmica do carbono e do nitrogênio em remanescente de Mata Atlântica:
relações com o ciclo hidrológico

PALAVRAS-CHAVES:

Hidrologia florestal, Ciclagem de nutrientes, Partição da precipitação e
Estoque de carbono.

PÁGINAS: 55
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Engenharia Agrícola
SUBÁREA: Engenharia de Água e Solo
RESUMO:

As florestas são essenciais para manutenção da disponibilidade de água e nutrientes, das
reservas de carbono e do clima global, e sua preservação é indispensável do ponto de vista
social, econômico e ambiental. Os aspectos relacionados a partição da precipitação nos
ecossistemas florestais, assim como o comportamento dos nutrientes é um campo em
constante desenvolvimento. O entendimento de como o estoque de carbono no solo vai
responder às mudanças climáticas e de uso e ocupação do solo ainda é um desafio.
Objetivou-se avaliar a dinâmica das entradas, via precipitação, de carbono e nitrogênio em
remanescente de Mata Atlântica (Floresta Estacional Semidecidual Montana), em Lavras-
MG, assim como analisar o armazenamento do carbono no solo até a profundidade de 1
metro. Foram coletadas amostras no período de maio de 2018 a abril de 2019 da
precipitação bruta, precipitação interna e do escoamento pelo tronco em remanescente
florestal de Mata Atlântica. As variáveis físicas e químicas avaliadas incluíram pH,
condutividade elétrica (CE), carbono total (C), nitrato (NO 3 - ), nitrito (NO 2 - ) e nitrogênio
total Kjeldahl (NTK). Para análise do teor de carbono e cálculo do estoque na serrapilheira
e no solo, no mesmo período, a serrapilheira foi coletada, secada e pesada, mensalmente.
Para a coleta do solo, em 7 profundidades (0-5 cm, 5-10 cm, 10-20 cm, 20-30 cm, 30-40
cm, 40-60 cm, 60-100 cm), foram selecionados 4 meses no período (maio, agosto e
dezembro de 2018 e abril de 2019), e o teor de carbono foi analisado nas amostras de
serrapilheira e de solo, correspondentes aos meses selecionados. Identificou-se que a chuva
foi enriquecida com carbono e nitrogênio ao atravessar o dossel da floresta, e que houve
uma variabilidade sazonal, uma vez que 75% das entradas de carbono e nitrogênio no solo,
via precipitação efetiva, ocorreram na estação chuvosa. Os padrões espaciais do carbono e
nitrogênio na precipitação que atravessa o dossel das florestas revelaram que os mesmos
locais tiveram as entradas mais altas, independentemente do período analisado. Espera-se
avançar no sentido de avaliar o efeito da sazonalidade, das espécies e dos diâmetros das
árvores nos fluxos de carbono no escoamento pelo tronco. Para isso, serão calculadas as
taxas de enriquecimento do escoamento pelo tronco em relação a precipitação bruta, dos 61
eventos de precipitação monitorados no período. E posteriormente modelos do
enriquecimento em função de possíveis variáveis explicativas serão ajustados por meio dos
modelos lineares generalizados (GLMs). Para o estudo do armazenamento do carbono no
solo até 1 metro, GLMs serão ajustados com o armazenamento do carbono no solo (0-30
cm e 0-100 cm) em função de variáveis explicativas. Espera-se encontrar modelos com
maior capacidade explicativa para as camadas superficiais (0-30 cm), uma vez que o
carbono em profundidade é mais estável. Pretende-se também calibrar o modelo RothC
para o armazenamento do carbono no solo até a profundidade de 30 cm.

MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - CARLOS ALBERTO SILVA - DCS/ECA (Membro)
Presidente - CARLOS ROGERIO DE MELLO (Membro)
Interno - GILBERTO COELHO (Membro)
Externo ao Programa - JOSE MARCIO DE MELLO - DCF/ECA (Membro)
Interno - MARCELO RIBEIRO VIOLA (Suplente)
Externo ao Programa - MARCELO VIEIRA DA SILVA FILHO - DAM/ESCOLAENG (Suplente)