Notícias

Banca de DEFESA: PAULA EVELINE RIBEIRO DANUNCIAÇÃO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAULA EVELINE RIBEIRO DANUNCIAÇÃO
DATA: 26/03/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Anfiteatro do Setor de Ecologia - DBI 13
TÍTULO:

"LANDSCAPE AND CLIMATE CHANGES INFLUENCE ON TAXONOMIC AND FUNCTIONAL RICHNESS OF AMPHIBIANS"


PALAVRAS-CHAVES:

Gravadores autônomos. Limiares ambientais. Anuros. Mata Atlântica. Aquecimento Global.


PÁGINAS: 118
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia Aplicada
RESUMO:

A supressão de áreas naturais, chamada perda de hábitat, e a implantação de novos usos da terra leva ao declínio de espécies, extinção em casos extremos e ainda dominância de espécies generalistas e resistentes ao distúrbio. Além de mudanças no uso da terra, o aumento da temperatura atmosférica, por si só ou em sinergia com outras perturbações, causa extinção daquelas espécies incapazes de se adaptar ou se dispersar para locais mais adequados. Anfíbios apresentam características de história de vida que os deixam particularmente sensíveis às perturbações provocadas pelo homem. Possuem ciclo de vida bifásico, dependendo de locais distintos para completar seu ciclo de vida. São ectotérmicos regulando sua temperatura corporal de acordo com a temperatura externa. Possuem baixa vagilidade, ou seja, baixa capacidade de dispersão. E ainda possuem pele permeável e exibem filopatria que é o comportamento de regresso a locais específicos para se alimentarem ou procriarem. Por todas essas características, anfíbios são organismos ideais para avaliar o impacto antropogênico na biodiversidade. Os objetivos dessa tese foram: i. determinar a suficiência amostral de anfíbios de acordo com a proporção de cobertura florestal utilizando gravadores autônomos; ii. definir os principais preditores ambientais da distribuição de três componentes de diversidade de anfíbios (espécies, grupos funcionais e traços funcionais) e identificar limiares ambientais responsáveis pela substituição da comunidade taxonômica ou funcional; iii. avaliar o efeito das mudanças climáticas na riqueza taxonômica e funcional de anfíbios ao longo da Mata Atlântica de acordo com dois cenários de aumento de temperatura. Os principais resultados foram: i. a suficiência amostral de anfíbios não está relacionada com a proporção de cobertura florestal; ii. plantação de eucalipto, corpos d’água e heterogeneidade ambiental são os principais preditores da distribuição dos componentes de diversidade. Os limiares de substituição de comunidades acontecem no início dos gradientes ambientais antrópicos, exceto para heterogeneidade ambiental que apresentou o principal limiar na porção intermediária de seu gradiente. Os diferentes componentes possuem resposta similares; iii. As mudanças climáticas vão ocasionar perda de espécies e funções, porém a perda de funções é mais proeminente. Ambos os impactos antropogênicos acarretam consequências negativas para a comunidade de anfíbios e os componentes de diversidade apresentam respostas complementares, ainda que similares em muitos casos. A conversão de áreas naturais em gradientes antropogênicos causa substituição de espécies e funções ainda que represente uma pequena proporção da paisagem. No entanto, a heterogeneidade ambiental mostra que a presença de diferentes usos da terra é benéfica para os anfíbios até a porção intermediária do gradiente, já que a combinação de áreas naturais e antrópicas podem oferecer diferentes recursos. Os cenários de aumento de temperatura são negativos para os anfíbios, a redundância funcional estará comprometida no futuro e, tanto a riqueza taxonômica quanto funcional estará restrita principalmente ao sudeste do Brasil em áreas costeiras. Medidas de mitigação e de conservação, como identificação de usos da terra com menor impacto e diminuição da emissão de gases de efeito estufa, são necessárias para amenizar a substituição de espécies e evitar perda de espécies e funções no futuro.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CINTHIA AGUIRRE BRASILEIRO - UNIFESP
Externo à Instituição - ERICA HASUI - UNIFAL-MG
Presidente - 1523876 - LUIS MARCELO TAVARES DE CARVALHO
Externo à Instituição - LÍVIA DORNELES AUDINO - UFLA
Interno - 1173390 - MARCELO PASSAMANI
Notícia cadastrada em: 26/03/2018 10:42
SIGAA | DGTI - Diretoria de Gestão de Tecnologia da Informação - Contatos (abre nova janela): https://ufla.br/contato | © UFLA | appserver2.srv2inst1 15/05/2024 13:11