Notícias

Banca de DEFESA: RAQUEL COELHO LOURES FONTES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAQUEL COELHO LOURES FONTES
DATA: 28/02/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Anfiteatro do Setor de Ecologia - DBI 13
TÍTULO:

"Efetividade de programas de monitoramento de peixes em reservatórios de hidrelétricas"


PALAVRAS-CHAVES:

ictiofauna, biodiversidade, licenciamento ambiental, manejo, conservação, impacto ambiental, cascata de reservatórios


PÁGINAS: 134
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia Aplicada
RESUMO:

O impacto da fragmentação dos rios devido a construção de barragens, com prognósticos de crescimento no Brasil e no mundo, impele por monitoramentos robustos e efetivos que possam medir as mudanças na diversidade de peixes de forma compreensível, para subsidiar medidas de conservação e manejo baseadas em evidências. Programas de monitoramento de peixes em reservatórios de hidrelétricas requerem investimentos significativos de tempo, dinheiro e recursos humanos para sua implementação e manutenção. Contudo, será que esses recursos estão sendo aplicados da melhor forma e gerando resultados satisfatórios? Os programas de monitoramentos de peixes em reservatórios são efetivos? Com isso, nosso estudo buscou primeiramente realizar análise de dados de monitoramento de peixes em reservatórios com o objetivo de verificar sua efetividade na detecção de padrões espaço-temporais de diversidade de peixes (Capítulos 1 e 2). Nosso segundo objetivo foi identificar pontos de melhoria e definir diretrizes para aprimoramento da efetividade dos programas de monitoramento (Capítulo 3). Visando atender o primeiro objetivo, nos dois primeiros capítulos, analisamos dados acumulados de monitoramento, por mais de 20 anos, dos seguintes reservatórios da cascata do rio Araguari, alto rio Paraná, Brasil: Nova Ponte, Miranda, Amador Aguiar I e Amador Aguiar II. Também incluímos Itumbiara que é um reservatório no rio Paranaíba, mas que represa a foz do rio Araguari. Observamos, nos reservatórios, tendência clara da redução na riqueza de espécies nativas e aumento de não-nativas ao longo do tempo e também ao longo da cascata, na direção montante-jusante. As assembleias de peixes se tornam ainda mais dissimilares a medida que aumenta a distância entre os reservatórios. Considerando os ambientes lóticos que se alternam entre os reservatórios na cascata, observamos que a perda de espécies nestes ambientes é menor que nos reservatórios, o que sugere que a formação do reservatório pode ser mais impactante que a regulação de fluxo nesses remanescentes lóticos. As tendências e padrões na diversidade de peixes ao longo do tempo e no espaço, demonstrou que monitoramentos podem ser efetivos para gerar informações importantes sobre mudanças na biodiversidade. Contudo, vários aspectos ecológicos devem ser cuidadosamente considerados quando do planejamento dos programas de monitoramento, como discutimos no Capítulo 3 para que a qualidade dos dados não seja comprometida. Os resultados do nosso estudo também demonstraram e reforçam a importância de que, para resultados mais robustos e programas mais efetivos naquilo que se propõem, são necessários monitoramentos de longo prazo; análises que consideram maiores escalas geográficas, especialmente em sistemas de cascata de reservatórios, maior rigor científico no planejamento dos desenhos amostrais dos monitoramentos e, por conseguinte nas suas análises de dados. No Capítulo 3, caracterizamos a atividade de monitoramento de peixes em reservatório no Setor Elétrico Brasileiro atualmente e propusemos 10 diretrizes que visam o aprimoramento da gestão dos programas de monitoramento pelas empresas do Setor. Essas diretrizes foram vinculadas a um ciclo PDCA (planejar-fazer-verificar-agir) desenhado para orientar ações específicas em cada uma das quatro etapas. Com a implantação das mudanças sugeridas, os resultados só serão percebidos no médio-longo prazo, por isso é de extrema importância começar o quanto antes, prever a continuidade das ações e do monitoramento e avaliar constantemente os programas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - PAULO DOS SANTOS POMPEU
Interno - CARLA RODRIGUES RIBAS
Interno - EDUARDO VAN DEN BERG
Interno - RAFAEL DUDEQUE ZENNI
Externo ao Programa - DIEGO MARCEL PARREIRA DE CASTRO - DBI
Externo à Instituição - JEAN RICARDO SIMÕES VITULE - UFPR
Externo à Instituição - ALEXANDRE LIMA GODINHO - UFMG
Notícia cadastrada em: 18/02/2019 15:12
SIGAA | DGTI - Diretoria de Gestão de Tecnologia da Informação - Contatos (abre nova janela): https://ufla.br/contato | © UFLA | appserver2.srv2inst1 15/05/2024 19:35