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Banca de DEFESA: RAFAELA GUIMARÃES SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAELA GUIMARÃES SILVA
DATA: 25/02/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Anfiteatro do Setor de Ecologia - DBI 13
TÍTULO:

"Spatial strategies for Cerrado biome conservation: a multi-scale approach"


PALAVRAS-CHAVES:

NÃO INFORMADO


PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia Aplicada
RESUMO:

A tese de doutorado foi dividida em três capítulos, nos quais o objetivo geral foi
desenvolver e avaliar estratégias para a conservação do bioma Cerrado em diferentes
escalas. No primeiro capítulo, em nível de escala regional, analisaram-se os padrões de
fragmentação do bioma por meio da configuração e composição da paisagem. Em um
panorama geral, o Cerrado apresentou 54.9% de habitat distribuído em 98% dos
fragmentos pequenos que concentram 22% da área total do bioma, sendo uma paisagem
com conectividade funcional alta apesar do avanço da agricultura, principalmente na
região de Matopiba. No segundo capítulo, ainda em nível de escala regional, avaliou-se
o risco e o impacto potencial de invasão de espécies graminóides naturalizadas (EGN) e
os resultados mostraram que as EGN apresentam risco e impacto potencial de invasão
que variam de médio a alto para o bioma e que essas paisagens são vulneráveis pela
proximidade de áreas protegidas, que funcionam como filtros contra essas espécies e
aos agentes antrópicos (densidade populacional humana e de estradas), que por sua vez
podem estar promovendo o aumento da riqueza e focos dessas plantas. Por fim, o
terceiro capítulo, descobriu-se a criação da APA de Pandeiros não contribuiu
diretamente para o ganho de serviços ecossistêmicos, mostrando que a trajetória da
conversão de áreas agrícolas para cerrado está relacionado ao histórico de abandono de
áreas anteriormente cultivadas (ex.: produção de carvão vegetal nas décadas de 70 e 80
e agricultura), e por isso, levando a crer que o papel da Unidade de Conservação de uso
sustentável foi de mitigar danos potenciais maiores após sua criação, tendo em vista que
atividades mais impactantes (produção de carvão vegetal) poderiam ter sido retomadas
nesse período. Com esses trabalhos, pode-se compreender como o arranjo espacial e a
configuração estrutural da paisagem podem ser usadas como medidas proativas e
auxiliar no planejamento territorial, assim como o cenário atual de risco e impacto
potencial de invasão pelas EGN mostra a necessidade de priorização de estratégias de
manejo e controle em Unidades de Conservação de Proteção Integral e em sua
circunvizinhança, afim de evitar dispersão e estabelecimento de espécies agressivas
(gramineas africanas) para seus interiores, riscos de homogeneização e consequente
perda da biodiversidade nativa. Além disso, baseado no estudo de caso da APA de
Pandeiros foi possível observar que para a melhor gestão dos serviços ecossistêmicos
em Unidade de Conservação de Uso Sustentável é importante entender o histórico de
uso da terra e como a comunidade local pode ser beneficiada conjuntamente com a
conservação dos ecossistemas nessas áreas protegidas fomentando atividades de
extrativismo vegetal e ecoturismo, por exemplo. Mostrando que valores agregados a
essas atividades são capazes de fortalecer e conservar os serviços ecossistêmicos em
áreas naturais (áreas alagadas e de vegetação nativa) em longo prazo, promovendo a
situação de “ganho-ganho”, com benefícios ecológicos, econômicos e sociais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - EDUARDO VAN DEN BERG
Interno - PAULO DOS SANTOS POMPEU
Interno - RAFAEL DUDEQUE ZENNI
Externo ao Programa - LETICIA MARIA VIEIRA - DCF
Externo à Instituição - GISLENE CARVALHO DE CASTRO - UFSJ
Externo à Instituição - CHRISTIANY MATTIOLI SARMIENTO - UFLA
Externo à Instituição - ALEXANDRE CAMARGO MARTENSEN - UFSCAR
Notícia cadastrada em: 22/02/2019 10:18
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