Notícias

Banca de DEFESA: MATHEUS DA SILVA ASTH

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MATHEUS DA SILVA ASTH
DATA: 28/06/2019
HORA: 14:00
LOCAL: SETOR DE ECOLOGIA APLICADA/DBI
TÍTULO:

THE ROLE OF MASSIVE INFRASTRUCTURE PROJECTS ON THE SPREAD OF INVASIVE NON-NATIVE SPECIES AND ITS EFFECTS ON SEMI-ARID REGENERATION


PALAVRAS-CHAVES:

Espécies invasoras. Distúrbio antropogênico. Invasão biológica. Conservação. Impacto. Invasão de plantas. Riqueza de espécies.


PÁGINAS: 58
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia Aplicada
RESUMO:

Megaprojetos de infraestrutura (MPI) estão se tornando mais comuns em todo o mundo para atender às necessidades de uma população humana crescente. Há evidências que tais infraestruturas facilitam invasões biológicas. A implantação de MPI envolve numerosas formas e mecanismos de transformação do uso da terra, como a abertura de estradas de acesso, desmatamento e intensa movimentação de terras, pessoas e maquinário que degradam o habitat e criam oportunidades para a colonização de espécies exóticas. Essa degradação pode levar ao estabelecimento de espécies exóticas invasoras, uma vez que estas frequentemente têm uma capacidade superior de colonizar locais perturbados e afetar negativamente a regeneração natural. Utilizamos um dos maiores MPI em implantação no Brasil (Projeto de Integração do rio São Francisco - PISF) para avaliar a relação entre a transformação do uso da terra imposta por esses empreendimentos e o estabelecimento e dispersão de espécies exóticas. Avaliamos se o PISF atuou como uma rota de dispersão para espécies exóticas e quais espécies exóticas podem ter se beneficiado do PISF para naturalização e invasão. Além disso, avaliamos os efeitos das principais espécies exóticas invasoras encontradas na regeneração da vegetação da área de estudo e testamos se a riqueza de espécies de locais invadidos difere entre seus respectivos invasores. Os resultados confirmam o PISF como uma rota de dispersão de espécies exóticas. Nos monitoramentos foram registradas 21 espécies de plantas exóticas na área de implantação (AI) do PISF, estabelecidas em vários habitats artificiais e naturais e amplamente distribuídas pela área de estudo. Onze anos após o total desmatamento da AI, 92,28% de sua extensão (383.88 km) possuem populações de plantas exóticas. Calotropis procera, Nicotiana glauca e Prosopis juliflora foram as espécies exóticas mais amplamente distribuídas no PISF. A relação entre as transformações do uso da terra e a ampla distribuição das espécies exóticas invasoras no PISF evidencia que megaprojetos de infraestrutura podem ser corredores para a dispersão de espécies exóticas. Locais invadidos apresentaram riqueza de espécies vegetais significativamente menor do que a comunidade nativa adjacente, e existem diferenças na riqueza de espécies vegetais entre os locais dominados por cada espécie exótica invasora. A invasão de espécies exóticas foi a principal causa da diferença entre comunidades invadidas e não invadidas. A identidade da espécie invasora apenas minoritariamente explica essa diferença. Além disso, áreas invadidas por C. procera tiveram diferenças significativas em relação àquelas dominadas pelas outras duas invasoras. Em contraste, N. glauca e P. juliflora
não diferiram entre si. A maior riqueza média e absoluta em locais dominados por C. procera indica maior tolerância à coocorrência de espécies nativas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - RAFAEL DUDEQUE ZENNI
Interno - EDUARDO VAN DEN BERG
Interno - PAULO DOS SANTOS POMPEU
Externo à Instituição - DANILO RAFAEL MESQUITA NEVES - UFMG
Externo à Instituição - MICHELE DE SÁ DECHOUM - UFSC
Notícia cadastrada em: 18/06/2019 10:52
SIGAA | DGTI - Diretoria de Gestão de Tecnologia da Informação - Contatos (abre nova janela): https://ufla.br/contato | © UFLA | appserver1.srv1inst1 15/05/2024 12:31