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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA CAROLINA MARTINS PEREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA CAROLINA MARTINS PEREIRA
DATA: 08/11/2021
HORA: 15:30
LOCAL: on line - Google Meet
TÍTULO:

Comportamento do mexilhão dourado Limnoperna fortunei na presença de predadores potenciais: efeitos sobre a força de fixação, agregação e movimento de escape.


PALAVRAS-CHAVES:

Limnoperna fortunei; Leporinus friderici; fixação; invasão


PÁGINAS: 16
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia Aplicada
RESUMO:

Organismos sésseis e semi-sésseis não são aptos a realizarem grandes deslocamentos a fim de evitarem uma zona de risco e, portanto, tais organismos desenvolveram outras estratégias de defesa. Os bivalves não são aptos a escapar, mas podem aumentar as suas chances de sobrevivência na presença de predadores alocando mais energia para fixação ao substrato e/ou selecionando locais mais seguros. pode-se esperar que estes organismos sejam capazes de perceber a presença de predadores e conseguintemente responderem por meio de tais mecanismos de defesa anti-predatórios. Este fenômeno é comumente mediado por sinais químicos, e estudos anteriores sugerem que estes são sinais de alarme oriundos da lesão de presas co-específicas que passaram pelo trato digestivo do predador. O mexilhão dourado, Limnoperna fortunei, é uma espécie de bivalve invasor originária do sudeste asiático que se tornou parte influente em ecossistemas invadidos na América do Sul, competindo com outros organismos por alimento e espaço, bem como ocupando uma parte importante em redes tróficas. Alguns estudos indicam que o mexilhão dourado é consumido por peixes, aves, mamíferos aquáticos e caranguejos. O mexilhão dourado também deve ser capaz de responder à presença de outros organismos, incluindo seus predadores potenciais. Entretanto, alterações fisiológicas e comportamentais relacionadas à força de fixação, agregação e deslocamento desta espécie mediante a presença de predadores, ainda não foram investigadas. O objetivo deste projeto é avaliar experimentalmente o comportamento do mexilhão dourado na presença de peixes predadores potenciais com. Os mexilhões coletados no reservatório da Usina Hidrelétrica Volta Grandes, e transferidos para laboratório onde serão mantidos em aquários, eles serão submetidos à três tratamentos: o primeiro constituído por aquários contendo dois indivíduos de “piau-três-pintas”, que serão alimentados anteriormente com mexilhões (T1 = predadores com sinais químicos). O segundo, será composto por aquários contendo dois indivíduos de “piau-três-pintas”, com peixes não alimentados com mexilhão (T2 = predadores sem sinais químicos). E o terceiro tratamento consistirá de aquários desprovidos de predadores, os quais serão utilizados como controle em cada experimento (T3 = controle). Os mexilhões serão separados dos predadores por malha de 1 mm. Os peixes poderão se mover por todo o tanque inclusive ao redor e acima da área contendo os mexilhões. No final de um ensaio, desmontaremos as caixas e calcularemos as percentagens de indivíduos que formavam agregações. Em seguida, mediremos a força de fixação utilizando um dinamômetro digital ligado a uma pinça contendo um mexilhão. Em um segundo experimento, o efeito da presença do predador sobre o comportamento de escape dos mexilhões será testado em aquário. O arranjo experimental assumirá que a presa detectará a presença de um predador potencial via cairomônios (sensibilidade química) e/ou por meio das correntes de água geradas pela movimentação do predador (sensibilidade física), e conseguintemente responderá se movendo na direção do predador ou na direção oposta. A distância percorrida por cada mexilhão em relação à linha média será registrada (cm) para todos os aquários. As diferenças na força de fixação do mexilhão dourado, bem como as distâncias percorridas pelos mesmos nos diferentes tratamentos serão testadas por meio de uma ANOVA bidirecional. As porcentagens de indivíduos que formarem agregações serão analisadas por meio de uma ANOVA unidirecional. Para comparações das diferenças, um Teste de Tukey será aplicado.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - DANIEL DE MELO ROSA - UFLA (Membro)
Externo à Instituição - NELSON HENRIQUE DE ALMEIDA CURI - UNILAVRAS (Membro)
Interno - RAFAEL DUDEQUE ZENNI (Suplente)
Interno - SILVIA MARIA MILLAN GUTIERRE - UFPR (Membro)
Notícia cadastrada em: 25/10/2021 09:01
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