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Banca de DEFESA: PAOLO RAMONI PERAZZI

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAOLO RAMONI PERAZZI
DATA: 11/02/2022
HORA: 09:00
LOCAL: remoto
TÍTULO:

O SISTEMA DE ÁREAS PROTEGIDAS DO BRASIL: UMA AVALIAÇÃO USANDO CORUJAS COMO
GRUPO INDICADOR



PALAVRAS-CHAVES:
Strigidae. BrazilClim. Species Distribution
Modeling. Conservation Units.





PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia Aplicada
RESUMO:
A conservação e o manejo eficazes das espécies ou grupos delas requer conhecimento básico sobre a sua
distribuição, o que é problemático no caso de espécies altamente móveis, ecologicamente diversas, pouco
estudadas e noturnas como as corujas (Strigidae). Além disso, produzir distribuições detalhadas para países
megabiodiversos e de tamanho continental como o Brasil é difícil, especialmente quando a informação
base está dispersa e não padronizada. Usando Modelagem de Distribuição de Espécies (SDM no inglês)
com base em uma abordagem de entropia máxima, avaliou-se a distribuição potencial de 21 espécies e 21
subespécies de corujas registradas no Brasil. Para isso, primeiro avaliou-se a informação sobre
temperaturas mínimas e máximas, além da precipitação, fornecida pela rede de estações meteorológicas
brasileiras comparando estações convencionais e automáticas. Encontrou-se que ambos conjuntos de dados
tem problemas, mas a evidência avaliada sugere que as estações convencionais fornecem dados de
precipitação um pouco mais confiáveis, enquanto que as automáticas são mais consistentes em relação a
informação de temperaturas. Segundo, usou-se essa informação para avaliar o desempenho das bases
bioclimáticas atualmente disponíveis. Encontrou-se uma melhor correspondência entre os dados climáticos
medidos no campo e a informação fornecida pela Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM 3B43 v7)
no caso da precipitação, e as superfícies fornecidas pela National Oceanic and Atmospheric Administration
(NOAA) no caso das temperaturas, fontes não tradicionalmente usadas para SDMs. Calibrou-se estas
superfícies usando a informação climática obtida no campo, usando algoritmos de machine-learning
(gradient boosting e random forest), e estas superfícies melhoradas usaram-se para criar uma base de
variáveis bioclimáticas que chamamos de BrazilClim. Terceiro, coletaram-se e filtraram-se dados de
ocorrências para os Strigidae no Brasil, e geraram-se SDMs particulares para cada espécie e subespécie,
avaliando a semelhança dos nichos entre as subespécies coespecíficas. Finalmente, criaram-se mapas de
riqueza das espécies, e contrastaram-se essas informações com as áreas de proteção integral no Brasil. Com
81% das espécies brasileiras registradas, tanto a Mata Atlântica quanto o Cerrado têm a maior riqueza,
seguidas pela Amazônia (67%), Pampa (62%), Caatinga (57%) e Pantanal (48%). No entanto, a
comparação da riqueza registrada e prevista sugere inventários incompletos, especialmente na Pampa. Por
outro lado, as subespécies apresentaram marcadas divergências de nichos, sugerindo que a riqueza de
espécies de Strigidae está subestimada no Brasil. O Cerrado e a Mata Atlântica são os biomas mais
ameaçados, com áreas de preservação relativamente pequenas e esparsas. Assim, nosso estudo constitui um
chamado urgente para explorar a diversificação das linhagens de corujas no Brasil afim de melhorar os
esforços relacionados à conservação da biodiversidade
ORIENTAÇÕ





MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - THADEU SOBRAL DE SOUZA - UNICAMP (Membro)
Externo à Instituição - RICARDO BOMFIM MACHADO - UnB (Membro)
Externo à Instituição - NELSON HENRIQUE DE ALMEIDA CURI - UNILAVRAS (Suplente)
Presidente - MARCELO PASSAMANI (Membro)
Interno - LUCAS DEL BIANCO FARIA (Membro)
Interno - JULIO NEIL CASSA LOUZADA (Suplente)
Notícia cadastrada em: 01/02/2022 13:54
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