Banca de DEFESA: GABRIELLA MELO OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GABRIELLA MELO OLIVEIRA
DATA: 20/04/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Anfiteatro do Departamento de Ecologia e Conservação – DEC
TÍTULO:

Influência de padrões filogenéticos e variações sazonais na montagem de uma rede de interação planta-visitantes florais.

PALAVRAS-CHAVES:

Coevolução. Filogenia. Montagem de comunidades. Mutualismo. Variações Sazonais   

PÁGINAS: 45
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia Aplicada
RESUMO:

Poucos estudos nas regiões Neotropicais abordam os aspectos filogenéticos das interações entre plantas e visitantes florais aliados a influência das variações sazonais na montagem de comunidades e os seus impactos nas interações diante de um cenário de rápidas mudanças climáticas. O presente estudo propôs avaliar se as relações filogenéticas (diversidade e estrutura) de espécies de plantas influenciam as relações filogenéticas dos seus visitantes florais entre as diferentes estações climáticas e períodos de seca e chuva. Os dados foram coletados ao longo de um ano na Reserva Biológica Unilavras – Boqueirão (RBUB)/MG. Calculamos a métrica de diversidade filogenética PD (phylogenetic diversity) e estrutura filogenética MPD (Mean pairwise distance) e MNTD (Mean nearest táxon distance) e suas versões padronizadas ses (standardized size effect) no ambiente R. Construímos modelos de regressão linear (LM) para avaliarmos se as espécies de plantas influenciam a diversidade e estrutura filogenética dos visitantes florais e empregamos uma análise de redundância (RDA) para avaliarmos possíveis formações de gradientes climáticos sazonais (clima e estações) em função das métricas filogenéticas.  Por fim, também realizamos análise de redundância (RDA) para avaliarmos possíveis formações de gradientes climáticos sazonais em função das métricas filogenéticas. Todas as nossas análises foram executadas no ambiente R. Não encontramos padrões significativos sobre a estrutura e diversidade filogenética das plantas, mas os insetos apresentaram um padrão de agrupamento e menor diversidade filogenética. Observamos um padrão de sobredispersão (sesMNTD) e uma maior diversidade filogenética quando comparamos a influência filogenética das plantas nas métricas dos insetos. Ambos os fatores ambientais influenciam a matriz filogenética dos insetos, mas não influenciam as plantas. As análises de a RDA parcial (RDAp) demostraram que 14% da variação dos dados filogenéticos para os insetos conseguem ser explicados considerando as estações e 21% se considerarmos o clima (seca e chuva). Já para as plantas apenas 10% consegue ser explicado pelas estações e 4% para o clima (seca e chuva). Por fim, nossos resultados reiteram a importância de se integrar estudos filogenéticos junto aos dados das variações sazonais em busca de uma maior compreensão das influências dessas variações e como elas podem afetar as redes de interação, uma vez que interações entres espécies são determinantes da biodiversidade e do funcionamento dos ecossistemas. 

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - VANESSA LEITE REZENDE - UEMG (Membro)
Externo à Instituição - Pietro Kiyoshi Maruyama Mendonça - UFMG (Membro)
Externo à Instituição - Milton Barbosa da Silva Júnior - UFMG (Suplente)
Presidente - LUCAS DEL BIANCO FARIA (Membro)
Interno - EDUARDO VAN DEN BERG (Suplente)