Notícias

Banca de DEFESA: ANA CAROLINA MARTINS PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA CAROLINA MARTINS PEREIRA
DATA: 30/06/2023
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/roc-vuth-afe
TÍTULO:

Comportamento do mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) na presença de predadores potenciais: Efeitos sobre a produção de bissos, agregação e movimento de escape


PALAVRAS-CHAVES:

Força de fixação; Prochilotus lineatus; Piaractus mesopotamicus; co-específicos fragmentados    


PÁGINAS: 49
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia Aplicada
RESUMO:

Organismos que não conseguem se deslocar amplamente para evitar riscos, desenvolveram estratégias de defesa alternativas. Eles podem detectar a presença de predadores e responder por meio de mecanismos de defesa anti-predatórios, geralmente mediados por sinais químicos. O mexilhão dourado, Limnoperna fortunei, é uma espécie invasora de bivalve originária do sudeste asiático que se estabeleceu em ecossistemas da América do Sul, competindo por alimento e espaço com outros organismos. O mexilhão dourado também deve ser capaz de responder à presença de outros organismos, incluindo seus predadores potenciais. Alterações fisiológicas e comportamentais relacionadas à produção de bissos, agregação e deslocamento desta espécie mediante a presença de predadores, ainda não foram investigadas. O objetivo deste trabalho é avaliar experimentalmente o comportamento de L. fortunei na presença de peixes com diferentes hábitos alimentares e co-específicos fragmentados. Os indivíduos de L. fortunei foram coletados no reservatório da Usina Hidrelétrica Volta Grande, e transferidos para laboratório onde foram mantidos em aquários e submetidos a três experimentos. No primeiro experimento, L. fortunei foi exposto aos seguintes tratamentos: T1 – Prochilotus lineatus, T2 – Piaractus mescopotamicus, T3 - Co-específicos fragmentados. Os peixes eram separados de L. fortunei, de forma que os peixes podiam sem mover por todo o aquário mas não tinham contato direto com os mexilhões. Ao fim dos ensaios, medimos a porcentagem dos indivíduos que formavam agregações, em seguida os mexilhões foram fixados para contagem de bissos. No segundo e terceiro experimento, indivíduos de L. fortunei foram expostos a efluentes dos mesmos estressores misturados à água, com o objetivo de avaliarmos mudanças nos padrões de deslocamento horizontal e vertical desses organismos. Os arranjos experimentais assumiram que a presa consegue detectar a presença de um predador potencial via sinais químicos e/ou por meio das correntes de água geradas pela movimentação dos peixes. As diferenças na emissão de bissos, agregação e movimento foram testadas através de Modelos lineares generalizados mistos (GLMM).  Observamos que indivíduos de diferentes tamanhos de L. fortunei produzem mais filamentos bissais quando expostos a Piaractus mesopotamicus, Prochilotus lineatus e co-específicos fragmentados, mas apenas os indivíduos pequenos e grandes apresentaram essa resposta. Observamos uma diminuição no deslocamento horizontal de L. fortunei expostos a esses predadores e a co-específicos fragmentados. Não observamos diferenças significativas no deslocamento vertical e comportamento de agregação. O presente estudo trouxe as primeiras evidências acerca das respostas adaptativas de L. fortunei ao novo ambiente, especificamente aos novos predadores, as quais foram mediadas via sinais químicos liberados na água pelos últimos. As respostas defensivas exibidas por L. fortunei, quando expostos à presença e/ou efluentes de diferentes peixes e co-específicos fragmentados, determinaram a sua capacidade de detecção de sinais de alarme e reação defensiva, confirmando a primeira hipótese. Dessa forma, os achados deste trabalho representam um avanço no conhecimento sobre as relações ecológicas do invasor L. fortunei no novo ambiente, sugerindo a ocorrência de interações químicas com diferentes espécies, como observado em outros bivalves.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - SILVIA MARIA MILLAN GUTIERRE - UNIVASF (Membro)
Interno - MARCELO PASSAMANI (Suplente)
Interno - FRANCISCO RICARDO DE ANDRADE NETO - UFLA (Membro)
Presidente - DANIEL DE MELO ROSA - UFLA (Membro)
Externo à Instituição - AFONSO PELLI - UFTM (Suplente)
Notícia cadastrada em: 15/06/2023 17:17
SIGAA | DGTI - Diretoria de Gestão de Tecnologia da Informação - Contatos (abre nova janela): https://ufla.br/contato | © UFLA | appserver1.srv1inst1 15/05/2024 00:50