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Banca de DEFESA: NAYARA LETÍCIA REIS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NAYARA LETÍCIA REIS
DATA: 21/09/2023
HORA: 08:00
LOCAL: Anfiteatro do Departamento de Ecologia e Conservação
TÍTULO:

DUNG BEETLES (COLEOPTERA: SCARABAEINAE): TRENDS AND GAPS IN KNOWLEDGE, SPECIES ASSOCIATIONS AND FIRE IMPACTS IN TROPICAL SAVANNAS



PALAVRAS-CHAVES:

savana, fogo, sucessão, conservação da biodiversidade


PÁGINAS: 1
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia Aplicada
RESUMO:

Os padrões de co-ocorrência são uma ferramenta valiosa para a compreensão da estrutura das comunidades e da coexistência das espécies nos ecossistemas. Além disso, tais padrões, podem fornecer informações úteis sobre a diversidade do ambiente, bem como ajudar a prever o efeito das perturbações sobre as espécies e sobre o funcionamento do ecossistema. Os escarabeíneos (Coleoptera: Scarabaeinae) são excelentes organismos para se testar hipóteses ecológicas e mecanismos de coexistência em ecossistemas tropicais. A coexistência das espécies de escarabeíneos pode ser mediada por uma série de fatores, tais como estrutura do habitat, diversidade de nichos  e recursos disponíveis e interações bióticas. Os escarabeíneos são altamente diversos e abundantes em florestas e savanas tropicais. Nas florestas tropicais, por exemplo, a coexistência de muitas espécies é comumente mediada pela elevada diversidade de nichos e recursos no ambiente. Em contrapartida, nas savanas tropicais, onde o fogo é um distúrbio natural e recorrente, as variações ambientais podem influenciar, bem como, limitar a coexistência das espécies de escarabeíneos. No Cerrado, o fogo é um distúrbio crucial ao funcionamento do ecossistema e muito da estrutura e da dinâmica desses ambientes, são moldadas principalmente pela ocorrência do distúrbio. Existe uma lacuna significativa no conhecimento sobre os fatores que influenciam a coexistência de besouros escarabeíneos em ecossistemas tropicais, além disso o conhecimento sobre os efeitos do fogo do Cerrado sobre a co-ocorrência das espécies é escasso. Dado que os escarabeíneos são muito resistentes e resilientes ao fogo no Cerrado, e que desempenham uma série de funções e serviços essenciais ao funcionamento e manutenção desses ecossistemas. A compreensão dos mecanismos que impulsionam a coexistência dos escarabeíneos, pode ser útil para o desenvolvimento e estabelecimento de estratégias de manejo e conservação para a biodiversidade do Cerrado. Essa tese teve como objetivo geral, ampliar a nossa compreensão sobre a ecologia  e sobre os processos que moldam as comunidades de besouros escarabeíneos em ecossistemas tropicais, com foco nas savanas. A primeira parte da tese abrange em contexto global, o conhecimento da ecologia dos besouros escarabeíneos em savanas tropicais; a segunda parte, abrange num contexto regional, os fatores que determinam a coexistência das espécies de escarabeíneos em ecossistemas tropicais; e a terceira parte abrange em um contexto local, a resposta das comunidades de besouros escarabeíneos ao fogo em habitats savânicos. O primeiro capítulo, consiste em uma revisão sistemática da literatura sobre os besouros escarabeíneos nas savanas tropicais. Esta revisão, nos permitiu identificar as principais tendências e lacunas no conhecimento sobre a ecologia desses besouros nas savanas tropicais e fornecer insights e direcionamentos para as pesquisas futuras. O segundo capítulo, consiste na investigação da influência de fatores como tipo de habitat, recursos alimentares e tempo de amostragem sobre os padrões de co-ocorrência das espécies, em um mosaico com diferentes ecossistemas, incluindo savanas. Neste capítulo, vimos que o habitat e os recursos alimentares são fatores que explicam a coexistência das espécies de escarabeíneos em ecossistemas tropicais. Além disso, nós descobrimos que a partição de nicho teve pouca influência sobre a coexistência das espécies e que a comunidade foi moldada principalmente por processos estocásticos. Estes resultados nos permitem entender a dinâmica das comunidades de escarabeíneos nos ambientes tropicais, e  reforçam a importância de se conservar um mosaico com fisionomias compostas por florestas e savanas, uma vez que tais fisionomias são responsáveis por moldar a diversidade das espécies de escarabeíneos. O terceiro capítulo, consiste na investigação da resposta pós-fogo da comunidade de besouros escarabeíneos em áreas abertas de Cerrado. Nós descobrimos que o fogo teve um impacto mínimo sobre a comunidade e sobre a ocorrência das espécies de besouros escarabeíneos. Nós constatamos também que tanto os processos estocásticos quanto  determinísticos influenciaram a coexistência das espécies na comunidade. Sendo este padrão, consistente em ambientes sujeitos a distúrbios como as áreas abertas de savana. Por fim, estes resultados nos permitem contribuir com uma melhor compreensão dos processos ecológicos envolvidos na recuperação de paisagens queimadas no Cerrado, além de fornecer insights para o desenvolvimento de estratégias de manejo do fogo para a conservação da biodiversidade desse ambiente. 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARINA REGINA FRIZZAS - UnB (Membro)
Externo à Instituição - ANTONIO CESAR MEDEIROS DE QUEIROZ - UFLA (Membro)
Externo à Instituição - CHAIM JOSÉ LASMAR - UFLA (Suplente)
Externo à Instituição - VANESCA KORASAKI - UEMG (Membro)
Externo à Instituição - RAQUEL LUIZA DE CARVALHO - USP (Membro)
Externo à Instituição - SABRINA DA SILVA PINHEIRO DE ALMEIDA - UFV (Suplente)
Presidente - JULIO NEIL CASSA LOUZADA (Membro)
Notícia cadastrada em: 12/09/2023 13:26
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