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Banca de DEFESA: MAYRON MARTINS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAYRON MARTINS
DATA: 16/09/2020
HORA: 13:30
LOCAL: google meet
TÍTULO:

ANATOMIA DO ENRAIZAMENTO ADVENTÍCIO DE ESTACAS CAULINARES DE Olea europaea L.


PALAVRAS-CHAVES:

Oliveira; Enraizamento adventício; Barreiras anatômicas.

 


PÁGINAS: 42
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Botânica
SUBÁREA: Botânica Aplicada
RESUMO:

O Brasil é um dos maiores importadores de azeite de oliva, devido à dimensão populacional do país e à insuficiência na produção nacional de azeitonas. Nos últimos anos, iniciou-se a produção nacional de azeitonas, em olivais localizados na região Sul do país e na serra da Mantiqueira. Pelas características climáticas distintas dessas duas regiões, principalmente em relação ao Mediterrâneo, as cultivares para a exploração são distintas e, até o momento, poucas produzem frutos com regularidade, principalmente nas regiões subtropicais da Serra da Mantiqueira. Outro fator limitante à expansão da olivicultura é a produção de mudas em larga escala, haja visto que as cultivares de oliveira que vêm sendo utilizadas no Brasil possuem baixa capacidade de enraizamento de suas estacas. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi entender o enraizamento adventício em estacas caulinares de Olea europaea L. e analisar a influência de estruturas anatômicas neste processo. Para tanto, analisou-se características fitotécnicas e anatômicas de estacas semilenhosas de quatro cultivares de oliveira tratadas com AIB e mantidas em substrato vermiculita em câmara de nebulização intermitente em período experimental de 60 dias. Verificou-se o local de origem dos primórdios radiculares. Avaliou-se a porcentagem de enraizamento e de calogênese das estacas, a espessura de floema e de córtex, além da espessura e espaçamento do anel de esclerênquima. A correlação entre características fitotécnicas e anatômicas também foi avaliada. Realizou-se testes histoquímicos para detectar a presença de compostos fenólicos e lignina na região de ferimento das estacas. Em todas cultivares observou-se primórdios radiculares com origem no câmbio. As cultivares apresentaram respostas diferentes quanto ao percentual de enraizamento, sendo a cultivar Santa Catalina a que apresentou maior percentual de estacas enraizadas e menor percentual de estacas calejadas quando comparada às demais cultivares. Espessuras de córtex, floema e de anel de esclerênquima, bem como o espaçamento desta estrutura não influenciam no processo de enraizamento. Houve correlação forte e negativa entre os percentuais de estacas enraizadas e de estacas calejadas. Compostos fenólicos foram detectados em células do câmbio e a presença de lignina foi verificada em células xilemáticas e em todo anel de esclerênquima. As respostas distintas entre as estacas de oliveira acerca do enraizamento adventício demonstram que as cultivares têm exigências de diferentes cofatores influentes neste processo. Processo este que não sofre influência direta de estruturas anatômicas, nem da deposição de lignina, que são apenas obstáculos a mais a serem ultrapassados pela recém formada raiz ao emergir. Quanto maior o percentual de calogênese, menor o percentual estacas enraizadas. Confirma-se a presença de compostos na região basal das estacas e atenta-se para a presença dos compostos fenólicos em células do câmbio, local de origem dos primórdios radiculares em estacas das cultivares estudadas, uma vez que estes estão relacionados à síntese de auxina. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - RAFAEL PIO (Membro)
Interno - THIAGO ALVES MAGALHAES (Membro)
Interno - MARINES FERREIRA PIRES LIRA (Suplente)
Interno - EVARISTO MAURO DE CASTRO (Membro)
Externo ao Programa - PAULA NOGUEIRA CURI - DAG/ECA (Membro)
Externo à Instituição - CAROLINA RUIZ ZAMBON - UFLA (Membro)
Notícia cadastrada em: 04/09/2020 19:34
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