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Banca de DEFESA: LEONARDO MENDES DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEONARDO MENDES DA SILVA
DATA: 19/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Anfiteatro de Ecologia e Conservação
TÍTULO:

ECO(GENO)TOXICIDADE DA FORMULAÇÃO ACARICIDA COLOSSO FC30 EM DIFERENTES MODELOS VEGETAIS E ARTEMIA SALINA L.


PALAVRAS-CHAVES:

Bioensaios vegetais. Cipermetrina. Clorpirifós. Controle de ectoparasitas. Fenthion. Testes ecotoxicológicos.


PÁGINAS: 148
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Botânica
SUBÁREA: Botânica Aplicada
RESUMO:

Na perspectiva brasileira e global, a pecuária bovina desempenha um papel crucial ao fornecer alimentos como carne, leite e derivados para o mercado interno. Entretanto, o processo de criação de bovinos expõe os animais a ectoparasitas, especialmente carrapatos. O controle desse ectoparasita é feito com acaricidas, como a formulação comercial COLOSSO FC30, que contém Clorpirifós, Cipermetrina e Fenthion. Este produto é pulverizado no corpo dos animais, no entanto, após a aplicação, eles podem circular livremente pelas propriedades rurais, carregando moléculas tóxicas em seus pelos, o que pode, eventualmente, resultar na contaminação de solos, lagos e rios. Diante dessa problemática, o presente estudo propôs-se a avaliar a eco(geno)toxicidade da formulação comercial COLOSSO FC30 em diferentes entidades biológicas. O teste de fitotoxicidade foi realizado utilizando quatro modelos vegetais (Lactuca sativa L., Pennisetum glaucum, Raphanus sativus L. e Triticum aestivum L.). As sementes foram expostas a diferentes concentrações do produto (0,12 a 23,61 mL/L-1 da formulação comercial) por 72 horas, sendo avaliados parâmetros de porcentagem de germinação (%G), índice de velocidade de germinação (IVG), massa fresca, comprimento da raiz e da parte aérea. No teste de citogenotoxicidade com Allium cepa L., sementes germinadas, com radículas entre 1 e 2 mm, foram expostas a diferentes concentrações do produto (0,195 a 1,25 mL/L-1 da formulação comercial) por 48 horas. Após esse período, as raízes foram coletadas, fixadas e analisadas em microscópio óptico, tanto na zona meristemática quanto na região F1 da raiz, avaliando-se parâmetros como número de células em divisão, aberrações cromossômicas e micronúcleos. O teste de toxicidade aguda com o microcrustáceo Artemia salina L. foi conduzido conforme as diretrizes da NBR 16530, com concentrações variando de 0,000976 a 0,1024 mL/L-1 da formulação comercial. Os náuplios foram expostos por 24 horas, e após esse período, avaliou-se o número de organismos imóveis. Nos testes com modelos vegetais, a %G mostrou-se como o parâmetro menos sensível, necessitando de concentrações elevadas para inibição de 50%. A concentração efetiva média (EC50) foi de 15,02 mL/L-1 para L. sativa, 14,08 mL/L-1 para R. sativus, 6.548 mL/L-1 para P. glaucum e 10.31 mL/L-1 para T. aestivum. Diferentemente da PG%, o IVG dos modelos vegetais demonstrou maior sensibilidade à formulação, com EC50 de 0,8151, 2,080, 2,990 e 6,352, para L. sativa, R. sativus, P. glaucum e T. aestivum, respectivamente. Os parâmetros que revelaram maior sensibilidade ao COLOSSO FC30 foram o comprimento da raiz e da parte aérea. Para o comprimento da raiz, as EC50 foram de 0,3464, 0,6758, 0,3558 e 0,6870 mL/L-1 para L. sativa, R. sativus, P. glaucum e T. aestivum, respectivamente. Em relação ao comprimento da parte aérea, as EC50 foram de 0,6174, 3,313, 0,1901 e 0,2173 mL/L-1 para L. sativa, R. sativus, P. glaucum e T. aestivum, respectivamente. Em relação ao teste de citogenotoxicidade, concentrações acima de 0,351 mL/L-1 afetaram negativamente a atividade mitótica nas raízes de A. cepa, tanto na região meristemática quanto na F1. A citotoxicidade foi observada apenas em células da região F1 expostas a 1,25 mL/L-1. Na região meristemática, todas as concentrações induziram aberrações cromossômicas, sendo a aderência cromossômica a mais comum. Micronúcleos foram constatados em ambas as regiões avaliadas em todas as concentrações. No teste com A. salina, a concentração inibitória média (IC50) após 24 horas de exposição foi de 0,01207 mL/L-1 da formulação comercial. Considerando os potenciais riscos ambientais evidenciados, torna-se crucial explorar abordagens mais sustentáveis no controle de ectoparasitas, com o objetivo de minimizar os impactos adversos nos ecossistemas aquáticos e terrestres.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MATHEUS MANTUANELLI ROBERTO - FHO (Membro)
Interno - MARINES FERREIRA PIRES LIRA (Membro)
Externo à Instituição - MARCEL JOSE PALMIERI - UFLA (Suplente)
Presidente - LARISSA FONSECA ANDRADE VIEIRA (Membro)
Externo à Instituição - FRANCIELEN BARROSO ARAGÃO - UFES (Suplente)
Notícia cadastrada em: 05/02/2024 12:11
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