Banca de QUALIFICAÇÃO: LUIZ GUILHERME ESTEVES DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUIZ GUILHERME ESTEVES DA SILVA
DATA: 27/01/2021
HORA: 16:00
LOCAL: Sala Virtual
TÍTULO:

CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO E COMPETÊNCIA DISCURSIVA: UM ESTUDO SOBRE A CONTRADIÇÃO NO DISCURSO DA VIOLÊNCIA

PALAVRAS-CHAVES:

Discurso da Violência, Contradição, Competência Discursiva, Condições de Produção, Sujeito.

PÁGINAS: 82
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Teoria e Análise Lingüística
RESUMO:

O trabalho que apresentamos é uma abordagem da Análise do Discurso e ancora-se, principalmente, nas discussões de Dominique Maingueneau, sendo fruto de discussões e pesquisas que se encontram nos estudos do GPLPD-UFLA (Grupo de Pesquisa Leitura e Produção de Discursos). Diante de uma sociedade permeada por situações violentas, tanto no que concerne aos atos quanto às formas mais sutis, como ataques verbais motivados por descriminações, constroem-se maneiras de combate e atenuações dessa mesma violência. Assim, acreditamos que a constituição do discurso da violência passa por um caminho contraditório, pois ao mesmo tempo em que os sujeitos se empenham em opor-se à violência, eles são, em certa medida, produtores dela. Nossa hipótese se baseia na afirmação de que todo discurso possui uma competência discursiva, nos moldes propostos por Maingueneau (2008), e que dentro dela há um conjunto de semas que o possibilitam e que designam também os seus contrários. Desse modo seria possível compreender como se dá a contradição dentro de um discurso da violência. Ademais, acreditamos também que a forma como o discurso se estrutura tem por base a sua historicidade, os moldes sociais e psicológicos que o sustentam no decorrer do tempo. Nesse viés, para amparar esses pressupostos, tomaremos os estudos das Condições Sócio-históricas de Produção dos Discursos, levando em consideração os trabalhos de Orlandi (2015) e Courtine (2014). Por fim, faz-se necessária uma discussão sobre o modo como o sujeito se constitui e produz o seu dizer em determinação da competência discursiva e das condições de produção. Nesse sentido, Orlandi (2015) também nos servirá de base para discutir sobre o sujeito discursivo. Além dos teóricos citados, traremos para a discussão Muchembled (2012), Michaud (1989), Odália (2012) para a abordagem do discurso da violência. O corpus constituído é proveniente de uma postagem da rede social Facebook de um bispo católico que trata sobre um aborto e sobre um estupro sofrido por uma criança de dez anos. A maneira como o bispo constrói o seu discurso, que pretende ser uma forma de combate à violência, concebe um discurso da violência que se orienta por questões ligadas a marcas de historicidade, percebidas através das condições sócio-históricas de produção. A competência discursiva, por sua vez, permite observar como é possível dizer de maneira contraditória dentro de uma mesma formação discursiva.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JARBAS VARGAS NASCIMENTO - PUC - SP (Membro)
Interno - LUCIANA SOARES DA SILVA (Membro)
Presidente - MARCIO ROGERIO DE OLIVEIRA CANO (Membro)
Externo à Instituição - RAMON SILVA CHAVES - PUC - SP (Suplente)
Interno - RAQUEL MARCIA FONTES MARTINS (Suplente)