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Banca de DEFESA: NAYARA DIAS FERRAZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NAYARA DIAS FERRAZ
DATA: 14/05/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

O discurso da branquitude no campo jornalístico: uma análise a partir dos lugares de dizer


PALAVRAS-CHAVES:

Análise do discurso. Discurso jornalístico. Discurso da Branquitude. Racismo.


PÁGINAS: 89
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Teoria e Análise Lingüística
RESUMO:

Os estudos brasileiros a respeito da branquitude, tais como os de Bento (2002; 2014), de Cardoso (2008; 2010; 2014; 2017) e outros autores que são citados nessa dissertação, tem se pautado na questão do poder associado à identidade branca, lugar dado a ela a partir das hierarquizações cultural e racial impostas pelo colonialismo, o qual tinha o Outro como seu subordinado. O foco desse trabalho é, por meio da Análise do Discurso, verificar como ocorre a construção do discurso da branquitude, o qual se constitui a partir do momento que verificamos nos discursos dos sujeitos a ideologia pautada no poder da identidade branca, em matérias jornalísticas. Formulamos os seguintes questionamentos: Partindo da premissa que o discurso da branquitude se encontra dentro das estruturas da sociedade, como ele se apresenta e se constrói dentro do discurso jornalístico? Além disso, o discurso da branquitude circula abertamente ou transita de forma subentendida dentro de um texto jornalístico? Para desenvolver esse trabalho utilizamos do aporte da Análise do Discurso, especialmente o de linha francesa, baseando-se principalmente nas teorias de Dominque Maingueneau (2000, 2008, 2010a, 2010b, 2011) para cumprir o objetivo geral: verificar a constituição do discurso da branquitude dentro do campo jornalístico; tendo como objetivos específicos: pesquisar como esse discurso da branquitude se estrutura e se caracteriza dentro da narrativa jornalística, além de investigar em qual classificação desenvolvida por Dominique Maingueneau se encaixa o discurso da branquitude: tópico, atópico ou paratópico. Nossa pesquisa é de cunho qualitativo, e nos utilizamos da Análise do Discurso, tanto enquanto teoria, quanto aporte para análise do corpus. Elegemos três categorias de análise para cumprir os objetivos: utilizamos o subentendido e o silenciamento para verificarmos o lugar do dizer do discurso da branquitude. Optamos por um corpus curto, utilizando o jornal Folha de S. Paulo para recolher as notícias, dentro do período entre janeiro e julho de 2020, com o racismo como filtro de pesquisa, ou seja, levamos em consideração apenas as notícias que relatam algum tipo de evento que envolva o racismo. Para constituição do referencial teórico, são abordadas conceituações acerca da Análise do Discurso, das características do discurso jornalístico, do racismo e da branquitude. Os resultados encontrados a partir da análise são: é possível identificar a presença do discurso da branquitude no campo jornalístico, no entanto de forma muito sutil; dentro do discurso jornalístico, o discurso da branquitude torna-se silenciado ou modalizado pelos enunciadores. Em relação ao lugar de dizer do discurso, o discurso da branquitude pode ser considerado atópico, pois assim como o discurso racista, ele transita de forma oculta na sociedade e são abordados em locais específicos e não em público.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ROSÂNGELA APARECIDA RIBEIRO CARREIRA - UFG (Suplente)
Interno - MARCIO ROGERIO DE OLIVEIRA CANO (Membro)
Interno - MARCIA FONSECA DE AMORIM (Suplente)
Presidente - LUCIANA SOARES DA SILVA (Membro)
Externo à Instituição - LOURENÇO C. CARDOSO - UNILAB (Membro)
Notícia cadastrada em: 04/05/2021 08:29
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