Transformação Identitária do Professor durante sua Atuação na Pandemia Observada pela Linguística Sistêmico-Funcional
Ensino remoto individualizado, Identidade docente, Linguística Sistêmico-Funcional.
Dedico-me, neste trabalho, à análise da construção identitária de um professor de língua inglesa recém-formado, enfocando seus primeiros passos na carreira de ensino remoto individualizado. Com base em narrativas autobiográficas como fonte de dados, busco responder, por meio desta dissertação, a três indagações principais: (a) quais foram as aprendizagens necessárias para a atuação no ensino remoto individualizado?; (b) Quais foram os pontos de virada percebidos na minha trajetória profissional? e (c) Como os pontos de virada e as necessidades de aprendizagem, destacados na autobiografia, se realizaram pela linguagem? Para auxiliar a descoberta dos reforços, considero como pilares fundamentais o ensino remoto individualizado (Bleistein; Lewis 2015), o ensino na pandemia (Leurquin, 2020), (Denards, Marcos e Stankoski, 2021), (Lucena, Alves, Ramos 2022), o conceito de identidade docente, (Barkhuizen, 2017), (Romero, 2020) agência (Allen, 2018), além dos pressupostos teóricos da Linguística Sistêmico-Funcional (Halliday; Mathiessen, 2014),(Fuzer; Cabral, 2014). Destaca-se, por meio da análise, a importância da Transitividade (Halliday, Mathiessen, 2014), bem como os detalhes significativos sobre o processo de reconhecimento como professor, enquanto a Avaliatividade (Martin, White 2005) emerge como uma ferramenta essencial para a mensuração do impacto dos eventos na minha vida e como cada evento foi essencial em minha transformação. Sublinha-se, neste estudo, assim, a relevância da linguagem, especialmente por meio dos elementos de transitividade e avaliatividade, relativos à compreensão da transformação identitária do professor, fortalecendo a compreensão do caráter social da linguagem.