SILICATO DE COBRE NA INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA PARA O MANEJO DO OÍDIO (Erysiphe diffusa) NA CULTURA DA SOJA
Glycine max; fungo biotrófico; respostas de defesa, nutrição
A soja (Glycine max) é a principal commodity do Brasil, e um dos fatores que limitam
sua produtividade é a ocorrência de doenças, dentre elas o oídio. O oídio da soja,
causado pelo fungo biotrófico Erysiphe diffusa, pode acometer a cultura em qualquer
estádio de desenvolvimento da planta e, quando não manejado adequadamente, pode
provocar perdas que variam de 20 a 40%. As medidas de controle adotadas para essa
doença envolvem a utilização de cultivares resistentes é a aplicação de fungicidas. No
entanto, a utilização de elementos minerais como o cobre e o silício, tem se mostrado
uma alternativa eficiente no manejo da doença. Esses elementos possuem propriedades
antifúngicas e atuam induzindo respostas de defesa das plantas. Neste contexto, o
objetivo do trabalho será avaliar os efeitos do silicato de cobre nas respostas de defesa
da soja e no manejo do oídio. Serão realizados dois experimentos em casa de vegetação,
em delineamento em blocos causalizados (DBC). O experimento I terá como objetivo
avaliar o efeito antifúngico do silicato de cobre contra o oídio e será realizado em DBC,
com quatro tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos serão constituídos por: um
controle negativo (sem aplicação do produto), um controle positivo com o fungicida
comercial (Orkestra ® ), o indutor comercial (Bion ® ) e o silicato de cobre. A aplicação dos
produtos será realizada nos estádios V2/V4. Sete dias após a aplicação dos produtos as
plantas serão inoculadas com E. Diffusa. Serão avaliadas a severidade do oídio, altura
das plantas (cm) e a matéria seca. O experimento II terá como objetivo avaliar o efeito
indutor do silicato de cobre e será conduzido em DBC, com três tratamentos e quatro
repetições. Os tratamentos serão constituídos por: um controle negativo (sem aplicação
do produto), um controle positivo com o indutor comercial (Bion ® ) e o silicato de cobre.
A aplicação dos produtos será realizada nos estádios V2/V4. Para as análises das
enzimas fenilalanina amônia-liase (PAL), peroxidase (POD), quitinase e glucanase e dos
compostos fenólicos, serão realizadas coletas nos tempos de 0, 24, 48 e 72 horas após a
aplicação dos produtos. Para a quantificação da lignina solúvel a coleta será realizada 14
dias após a aplicação dos produtos.