ALTERAÇÕES ANATÔMICAS E BIOQUÍMICAS EM CAFEEIRO RESISTENTE A FERRUGEM
Palavras-chave: Resposta de defesa; H. vastatrix; Haustório; Resposta Hipersensitiva
O café é consumido no mundo todo, sendo que sua produção se concentra em três países, com destaque para o Brasil, maior produtor. O cultivo do café é afetado pela ocorrência da ferrugem, doença que tem como agente etiológico o fungo Hemileia vastatrix, ocasionado intensa desfolha. A alta capacidade de disseminação do fungo, a interação complexa com o cafeeiro e o elevado custo de manejo, são fatores cruciais que impulsionam pesquisas visando maior entendimento sobre essa interação complexa, principalmente da perspectiva entre cultivares resistentes e o fungo H. vastatrix. Com isso, o objetivo deste trabalho é avaliar as respostas de defesa de plantas de cafeeiro quantificando alterações bioquímicas e anatômicas após a inoculação com H. vastatrix, em uma cultivar resistente e uma suscetível à ferrugem. Serão realizados três experimentos em casa de vegetação. O primeiro experimento foi instalado em delineamento em blocos casualizados (DBC) e análise de variância em um esquema fatorial 2 x 5 x 2, sendo, duas cultivares (Arara x Catuaí Vermelho IAC 144), 5 tempos de coleta (1, 5, 7, 11, 18 dias após a inoculação), e duas condições (plantas inoculadas e não inoculadas com H. vastatrix), utilizando três repetições, sendo avaliado a funcionalidade estomática, atividade enzimática da fenilalanina amônia-liase (PAL), peroxidase (POX), quitinase (QUI), glucanase (GLU), compostos fenólicos solúveis totais e lignina solúvel. O segundo experimento foi conduzido apenas com 2 tratamentos, sendo eles duas cultivares, cultivar Catuaí Vermelho IAC 144 x Arara, em DBC, com 5 repetições e 2 plantas por parcela e seu foco foi realizar a área abaixo da curva do progresso da doença para confirmar a suscetibilidade da cultivar Catuaí Vermelho IAC 144 e a resistência da cultivar Arara. O terceiro experimento será conduzido em delineamento em blocos casualizados, com 2 cultivares (Arara x Catuaí Vermelho IAC 144), ambas inoculadas, 8 tempos diferentes de coleta (12, 24, 48, 72 horas após inoculação, 7, 11, 23 dias após inoculação), e 4 amostras por tempo coletado, que constituirão as repetições, neste experimento serão coletadas amostras e analisadas utilizando a microscopia eletrônica de varredura associado a técnica de remoção da epiderme. Essas abordagens visam realizar a descrição dos possíveis mecanismos de defesa utilizado pela cultivar Arara, além de visualizar o processo de colonização do patógeno nos tecidos foliares das cultivares estudadas.