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Banca de DEFESA: LUCIANO LEONEL LOMBARDI

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCIANO LEONEL LOMBARDI
DATA: 26/08/2021
HORA: 08:30
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES BRASILEIRAS DE TRIGO (Triticum aestivum L.) COM GENE FHB1 QUANTO À RESISTÊNCIA A GIBERELA (Fusarium graminearum).


PALAVRAS-CHAVES:

Giberela. Fusarium graminearum. Linhas quase isogênicas


PÁGINAS: 53
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitotecnia
ESPECIALIDADE: Melhoramento Vegetal
RESUMO:

O Trigo (Triticum aestivum) é um dos cereais mais importantes do mundo. Dentre os principais estresses bióticos que limitam a produção no Brasil e no mundo, tanto sob a ótica de produtividade quanto da qualidade dos grãos produzidos, destaca-se a giberela, causada pelo fungo Fusarium graminearum. Inúmeros QTLs são reportados para a resistência à giberela, dentre eles, FHB1, presente na cultivar Chinesa Sumai3. As cultivares brasileiras de trigo não apresentam resistência completa a essa doença apesar de demonstrarem um bom comportamento, oriundo do background genético desenvolvido pelos programas de melhoramento ao longo de décadas. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da introgressão do alelo do QTL Fhb1 da cultivar Sumai3, nas cultivares brasileiras BRS Parrudo e Quartzo, nos componentes de rendimento da cultura e na incidência/severidade da giberela em condições de produção do Sul do Brasil. O trabalho foi conduzido na Embrapa Trigo, no município de Passo Fundo, Linhas Quase Isogênicas (NIL) das duas cultivares foram desenvolvidas a partir do cruzamento de cada cultivar brasileira, utilizadas como genitores recorrentes (GR), com a cultivar Sumai 3. Retrocruzamentos sucessivos foram realizados em plantas selecionadas, com auxilio de marcadores moleculares específicos para o QTL em questão. Em 2019, foi realizado um experimento com a inoculação artificial do fungo Fusarium graminearum em 10 genótipos, 3 NILs da cultivar BRS Parrudo (P01, P02 e P03); 3 NILs da cultivar Quartzo (Q01, Q02 e Q03); Cultivar BRS Parrudo; Cultivar Quartzo; Sumai 3 (Testemunha resistente) e CD 116 (Testemunha suscetível). Os genótipos foram semeados em baldes, com delineamento de blocos casualizados, mantidos em telado coberto durante o estádio vegetativo e transferidos para casa de vegetação dias antes do período reprodutivo. A inoculação artificial foi realizada durante o período de antese dos genótipos, na espigueta central de cada espiga da planta principal. Após a inoculação, cada espiga foi umedecida e coberta com saco plástico por 48 horas. As avaliações foram realizadas aos 5, 15 e 25 dias após a inoculação, com a contagem visual do número de espiguetas infectadas. Quando secas, as espigas inoculadas e duas espigas não inoculadas de cada tratamento foram colhidas. Nestas espigas se procedeu à contagem do número de grãos sadios e giberelados de cada espigueta com posterior pesagem dos mesmos. As características agronômicas avaliadas nas espigas sadias mostraram grande similaridade entre as Nils e seus GRs. Nas espigas inoculadas, na comparação de todos os genótipos, foram verificadas diferenças entre os genótipos (p>0,01). NIL P01, P02, P03, Q01 e Q03 tiveram comportamento iguais a Sumai 3 (p<0,01) na variáveis Grãos Sadios (GS), Grãos Giberelados (GG), Espiguetas Infectadas (EI) e Peso de Mil Sementes (PMS), já na variável Índice de doença (I-FHB) formaram um grupo intermediário, sendo Sumai 3 o genótipo com melhor comportamento. Juntamente com NIL Q02 e Quartzo o genótipo CD 116 foram os que mais produziram Espiguetas Infectadas (EI). Comparando as NILs com os GRs, no grupo de BRS Parrudo, apenas peso de mil sementes total (PMS-T) foi verificado diferenças, já no grupo de Quartzo, PMS de grãos sadios e PMS giberelados, ambas não foram verificadas diferenças. Na comparação das NILs com os demais genótipos como testemunhas, de forma geral as NILs de BRS Parrudo tiveram comportamento parecido com a testemunha resistente e o próprio GR. Já as NILS de Quartzo, apenas NIL Q02 na maioria das variáveis teve comportamento igual à testemunha suscetível e ao próprio GR, NIL Q01 e NIL Q03 diferiram e apresentaram comportamento próximo a testemunha resistente. Na comparação entre as NILs, em todas as variáveis, NIL Q02 teve comportamento inferior em relação às demais NILs. Quanto ao progresso da doença, todos os genótipos tiveram EI já aos 5 dias. Aos 15 dias não foi verificado progresso da doença apenas em Sumai 3, BRS Parrudo, NIL P01 e NIL P03, já aos 25 dias somente Sumai 3 não progrediu a doença. Comparando os genótipos aos 25 dias, no grupo com menos EI, juntamente com Sumai 3 estão NIL Q01 e Q03 e NIL P01, P02 e P03, já com piores desempenhos e consequentemente mais EI, CD116 e Quartzo (p<0,05). Houve grande correlação na maioria das variáveis avaliadas, apenas a variável Incidência (I) apresentou baixa correlação geral com as demais variáveis. A inoculação garantiu a infecção para avaliação da doença, a introgressão dos alelos de FHB1 nas cultivares BRS Parrudo e Quartzo não alterou as características agronômicas relacionadas a espiga e foi efetivo para o aumento da resistência a Giberela do tipo II.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - VINICIUS QUINTAO CARNEIRO - DBI/ICN (Suplente)
Externo à Instituição - LUCIANO CONSOLI - EMBRAPA (Membro)
Presidente - GIOVANA AUGUSTA TORRES (Membro)
Externo à Instituição - AURINELZA BATISTA TEIXEIRA CONDÉ - EPAMIG (Membro)
Notícia cadastrada em: 16/08/2021 17:21
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