Banca de DEFESA: PEDRO GUSTAVO MACHADO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PEDRO GUSTAVO MACHADO
DATA: 28/05/2021
HORA: 10:00
LOCAL: meet.google.com/djp-bohb-hjk
TÍTULO:

EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL DE ALTA INTENSIDADE EM MULHERES DIABÉTICAS DO TIPO 2 NA MENOPAUSA

PALAVRAS-CHAVES:

Exercício físico; glicemia; qualidade de vida

PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:

O diabetes do tipo 2, é uma das doenças mais prevalentes do século. E a obesidade é tida como um dos principais fatores de sua biogênese. Existe uma prevalência de mulheres dentre os obesos, favorecendo a ocorrência de um número maior de diabéticas do tipo 2, sobretudo, após a menopausa. Os efeitos deletérios da menopausa, atrelados às implicações do diabetes, predispõem o desenvolvimento da síndrome metabólica (SM), que constitui um grupo de anormalidades, como obesidade central, dislipidemia e hipertensão arterial. Atualmente, existem inúmeros tratamentos capazes de reduzir os efeitos da menopausa e do quadro de diabetes, entretanto, são de alto custo aos sistemas públicos de saúde. Por outro lado, o exercício físico surge como uma alternativa de menor custo e com benefícios a curto, médio e longo prazo, como melhora do controle glicêmico, perfil lipídico, disfunção endotelial e a resposta autonômica cardiovascular. Esses benefícios cardiometabólicos são de suma importância no tratamento do DM2, auxiliando na prevenção do seu surgimento ou retardando a progressão das complicações crônicas da doença, tornando o exercício físico uma das principais medidas não farmacológicas para controle do diabetes. Contudo, existe uma resistência dos pacientes em mudarem o estilo de vida, sendo necessárias, mudanças nos padrões de treinamento, a fim de agregar mais participantes e melhorar o tratamento da doença, no sistema de saúde primária. O treinamento funcional, uma modalidade que incorpora uma variedade de movimentos funcionais, como sentar e levantar, correr, saltar, empurrar e puxar e que pode ser realizado em intensidades variáveis e com certa facilidade, pois a maioria dos exercícios, se utiliza o peso corporal. É um tipo de treino que foi projetado para melhorar os parâmetros de aptidão física geral e desempenho motor, além contribuir beneficamente em parâmetros metabólicos como pressão arterial, resistência à insulina e metabolismo de glicose. Portanto, o objetivo desse estudo foi preencher uma lacuna existente na literatura com relação aos benefícios cardiorrespiratórios, cardiometabólicos, de composição corporal, capacidade funcional e qualidade de vida do treinamento funcional de alta intensidade em diabéticas do tipo 2 na menopausa, atendidas pelas unidades básicas de saúde (UBS), do município de Lavras - MG. Para isso, 12 mulheres participaram do estudo de forma voluntária e foram submetidas a sessões de treinamento funcional semanais (3x por semana e 60min de duração), durante 16 semanas. Foram avaliados parâmetros de composição corporal, pressão arterial, capacidade funcional, VO2máx, assim como exames laboratoriais de glicemia em jejum (GJ), colesterol total (CT), triglicérides (TG), LDL-c, HDL-c e hemoglobina glicada (HbA1c). Foi aplicado também, um questionário a fim de saber os efeitos da intervenção na qualidade de vida dessas pacientes. Após 16 semanas, não houve melhoras na composição corporal, nem nos parâmetros lipídicos avaliados. O consumo de O2 foi significativamente aumentando, e houve melhoras expressivas na capacidade funcional das pacientes.  Foi observado uma redução na pressão arterial sistólica (PAS), assim como uma redução da GJ, porem a HbA1c não melhorou de forma significativa. O treinamento também melhorou a qualidade de vida das pacientes. Conclui-se então que, 16 semanas de treinamento funcional de alta intensidade, foi suficiente para promover benefícios à saúde de mulheres diabéticas tipo 2 na pós-menopausa.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CINTIA CAMPOLINA DUARTE ROCHA DA SILVA - FAGAMMON (Suplente)
Externo à Instituição - EDUARDO DAMASCENO COSTA - UFMG (Membro)
Externo à Instituição - NATALIA OLIVEIRA BERTOLINI - UNILAVRAS (Membro)
Externo ao Programa - NATHALIA MARIA RESENDE - DEF/FCS (Suplente)
Interno - RODRIGO FERREIRA DE MOURA (Membro)
Presidente - ALINE CARVALHO PEREIRA (Membro)