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Banca de DEFESA: TALITA MATEUS DE MELO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TALITA MATEUS DE MELO
DATA: 10/02/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Departamento de Medicina
TÍTULO:

Monitoramento epidemiológico da Covid-19 em profissionais de saúde: Cenário Hospitalar antes e
após a vacinação

 
 
 
 

PALAVRAS-CHAVES:

Epidemiologia. SARS-CoV-2. Profissionais de Saúde. Ambiente hospitalar. Vacinação.

 
 
 
 

PÁGINAS: 89
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:

RESUMO

Profissionais da saúde do mundo todo mobilizam esforços para controlar a COVID-19, doença causada a partir da infecção pelo vírus SARS-CoV-2, identificado pela primeira vez na cidade de Wuhan, província de Hubei, China, em 12 de dezembro de 2019. As atividades laborais desses profissionais contribuem sobremaneira para o aumento do risco de infecção pelo SARS-CoV-2, entretanto, esse risco não se restringe ao ambiente de trabalho devido a possibilidade de infecção na comunidade. Atualmente,  após quase três anos do início da pandemia, ainda é significativo o afastamento de profissionais da saúde ocasionado pela COVID-19. Esse afastamento leva à escassez de recursos humanos na área de saúde, culminando com remanejamentos frequentes, sobrecarga de trabalho e estresse para os profissionais, podendo levar a um maior risco de infecção. Frente a essa realidade, é necessário conhecer os principais fatores envolvidos na epidemiologia da infecção dos profissionais da saúde e com isso contribuir para reduzir as chances de transmissão no ambiente de trabalho, evitando que o sistema de saúde sofra colapso pela falta de profissionais. Frente ao exposto, este estudo teve como objetivo monitorar os casos de infecção pelo SARS-CoV-2 em profissionais da saúde no ambiente hospitalar antes e após a vacinação contra à COVID-19. Este estudo observacional foi conduzido em um hospital filantrópico, de médio porte, com atendimento de média e alta complexidade e credenciado pelo SUS para o atendimento ambulatorial, internação clínica e de terapia intensiva de pacientes com COVID-19. Na fase retrospectiva, foi realizado um levantamento documental através do setor de vigilância epidemiológica hospitalar local acerca dos profissionais que testaram positivo para o SARS-CoV-2. Um total de 217 indivíduos testaram positivo, entre junho de 2020 à novembro de 2022, período estabelecido para a coleta de dados. Na fase prospectiva, os profissionais de saúde que testaram positivo foram convidados a participar da pesquisa mediante preenchimento de um questionário na ferramenta Google Forms acerca dos fatores de risco relacionados à infecção, sintomatologia, evolução clínica da COVID-19, imunização e fonte de infecção. Uma coorte de 123 profissionais responderam ao questionário e foram incluídos na presente análise. Um total de 94 (76,4%) profissionais eram do sexo feminino e a idade dos participantes variou de 21 a 69 anos. 122 (99,2%) eram adultos. O conhecimento dos profissionais acerca da COVID-19 pareceu não ter influência em uma menor ocorrência de casos de infecção, uma vez que 80 (65%) profissionais infectados eram especificamente da área da saúde. Em relação à doença crônica, 30 (24,4%) relataram pelo menos uma comorbidade. A maioria 108 (87,8%) dos participantes não possuía hábitos de fumo. O perfil profissional mais afetado pelos casos de infecção foram os técnicos de enfermagem (36,8%) seguido dos enfermeiros (13,9%). O setor que atendia pacientes suspeitos ou confirmados de COVID-19 obteve maior proporção de funcionários positivos (12,3%). Um total de 116 profissionais (94,3%) apresentou sintomas e 7 (5,7%) foram assintomáticos. Os sintomas mais comuns descritos pelos infectados foram cefaleia, coriza, tosse, dor de garganta, calafrios, perda do paladar, perda do olfato e febre. Em relação ao estado vacinal contra à COVID-19, 121 (98,4%) profissionais receberam a primeira e a segunda dose da vacina, 113 (91,9%) receberam as três doses e 2 (1,6%) não foram vacinados. Dos 123 profissionais, 6 (4,9%) evoluíram para um quadro clínico grave e foram hospitalizados, sendo 3 (2,4%) em UTI. Foi registrado 1 óbito por COVID-19 em junho de 2020. Todos os casos graves ocorreram no ano de 2020, período anterior à vacinação. A provável fonte de infecção dos profissionais não ficou estabelecida, podendo ser de origem nosocomial ou comunitária. O presente estudo demonstra que os fatores idade, doença crônica, hábitos de fumo e estado vacinal na amostra analisada podem justificar a alta proporção de progressões leves da COVID-19. A alta adesão à imunização pode ter contribuído para a ausência de casos graves e óbitos no período pós-vacinação. A prevalência e incidência da COVID-19 foram maiores no período pós-vacinal, o que pode ser explicado pelo surgimento de novas variantes e a possiblidade de escape imunológico das vacinas.

 
 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - JOZIANA MUNIZ DE PAIVA BARCANTE (Membro)
Interno - CAMILA SOUZA DE OLIVEIRA GUIMARAES (Suplente)
Externo ao Programa - DENISE ALVARENGA ROCHA - DQI/ICN (Membro)
Externo à Instituição - THAMARA DE SOUZA CAMPOS ASSIS - UNILESTE (Suplente)
Externo à Instituição - THIAGO PASQUA NARCISO - UNILAVRAS (Membro)
Notícia cadastrada em: 06/02/2023 09:14
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