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Banca de DEFESA: HERMILA RESENDE SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HERMILA RESENDE SANTOS
DATA: 30/03/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Google Meet: meet.google.com/ttf-pbjs-ctf
TÍTULO:

Absurdo, revolta e medida em Albert Camus: a arte como transgressão do real


PALAVRAS-CHAVES:

absurdo, revolta, medida, arte, imagem, história.


PÁGINAS: 99
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Ética
RESUMO:

Em seus Carnets, Camus esboçou o desejo de trabalhar com três mitos gregos: Sísifo,
Prometeu e Nêmesis, que figurariam como representação estética e ponto de partida para o
desenvolvimento de três conceitos que perpassam toda sua obra: absurdo, revolta e medida,
respectivamente. Os comentadores identificam dois ciclos bem definidos no pensamento
camusiano: do absurdo e da revolta. Cada um desses ciclos seria composto por uma obra
ensaística principal, um romance e uma ou duas peças de teatro. Camus vale-se de linguagens
bem distintas para abordar um mesmo conceito e até mesmo ultrapassá-lo. Nesse sentido, o
filósofo pied-noir apresenta uma rejeição ao formalismo sistemático e ao enaltecimento da
razão enquanto única dimensão do homem, valorizando a construção do pensamento através
de imagens. O romance e a arte em geral aparecem como instrumentos capazes de alcançar as
demais dimensões do humano, que não se limitam à razão, mas recorrem à sensibilidade
despertada através de vivências indiretas - isto é, leitura e experimentação de narrativas
ficcionais. Nessa ponte entre filosofia e literatura, ou filosofia e imagem, Camus concede
lugar de destaque à criação artístico-literária, que figuraria como uma das poucas alternativas
ao homem lúcido que deseja, ao mesmo tempo, ultrapassar a cruel realidade do mundo, sem
no entanto se desvincular completamente do realismo que é necessário a uma lucidez
consciente. O ciclo da medida (ou do amor), apesar de interrompido pela morte precoce do
autor, representaria o ápice de sua proposta filosófica, que estaria situada no equilíbrio entre
dois extremos: a absolutização da história e o completo desligamento do real. Sua proposta
seria conciliar o engajamento histórico consciente sem, no entanto, se limitar à história e, por
outro lado, ultrapassá-la sem se desligar por completo da realidade.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - ANDRE CHAGAS FERREIRA DE SOUZA (Suplente)
Externo à Instituição - EMANUEL RICARDO GERMANO NUNES - UFC (Membro)
Interno - LUIZ ROBERTO TAKAYAMA (Membro)
Presidente - RENATO DOS SANTOS BELO (Membro)
Externo à Instituição - RONEY WAGNER VIEIRA - UNIFEI - UNI (Suplente)
Notícia cadastrada em: 24/03/2023 14:27
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