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Banca de QUALIFICAÇÃO: NILZA ALCINA MANUEL MUALE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NILZA ALCINA MANUEL MUALE
DATA: 21/11/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Horto Medicinal
TÍTULO:

RESPOSTA DA INTENSIDADE, QUALIDADE DA LUZ E VENTILAÇÃO NATURAL NO DESENVOLVIMENTO DA BATATA -DOCE IN VITRO


PALAVRAS-CHAVES:

in vitro, micriporpgação, intensidade de luz


PÁGINAS: 33
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitotecnia
RESUMO:

A batata-doce (Ipomoea batatas) é uma das principais culturas agrícolas do mundo, com uma produção global que ultrapassa 133 milhões de toneladas anuais. No Brasil, é a quarta hortaliça mais consumida, sendo particularmente popular no Nordeste, onde sua facilidade de cultivo e adaptabilidade ao clima contribuem para sua relevância econômica. Além de desempenhar um papel importante na segurança alimentar, a batata-doce oferece alto rendimento em peso fresco, o que a torna essencial para países em desenvolvimento (Damat et al., 2024).

Esta cultura se destaca por ser rica em fibras, vitaminas A e C, potássio e compostos antioxidantes como as antocianinas. Essas características fazem dela uma aliada na promoção da saúde, ajudando na regulação dos níveis de açúcar no sangue, além de atuar como antioxidante que beneficia a pele e o sistema digestivo (Oliveira et al., 2013). Além disso, suas variedades, como a de polpa roxa, têm sido amplamente estudadas por suas propriedades bioativas, o que aumenta ainda mais o potencial da cultura tanto na alimentação humana quanto na produção de insumos para outras indústrias, como a de bebidas e bioativos (Moreira, 2016).

 Apesar de sua importância, a batata-doce ainda enfrenta diversos desafios que limitam sua produtividade, como pragas, doenças e a falta de material de propagação de qualidade. A propagação convencional, feita por raízes e ramas, é frequentemente responsável pela disseminação de patógenos, o que prejudica o desempenho das colheitas. Nesse contexto, o cultivo in vitro aparece como uma solução promissora, permitindo a produção de mudas livres de doenças e com maior uniformidade. O controle de fatores como a intensidade da luz e a ventilação nesse ambiente pode otimizar o crescimento das plântulas, resultando em uma maior eficiência produtiva e na disponibilização de mudas de alta qualidade ao longo do ano (Júnior et al., 2024).

O cultivo in vitro pode ser uma importante ferramenta para o desenvolvimento e aprimoramento na cultura da batata-doce, permitindo o crescimento e multiplicação de células, tecidos, órgãos ou partes de órgãos de uma planta, sobre um meio nutritivo e em condições assépticas e ambientais (iluminação e temperatura) controladas, possibilitando seleção e multiplicação de material genético livres de vírus e outros patógenos para produção de mudas de qualidade, além de promover uniformização da colheita, proporcionando aumento da produção (Morais et al., 2012).

O cultivo in vitro é uma abordagem inovadora e promissora que permite a produção de mudas de batata-doce livres de patógenos, com maior uniformidade e qualidade. Nesse processo, a iluminação e a ventilação são fatores críticos para otimizar o desenvolvimento das plântulas. A intensidade e a qualidade da luz influenciam diretamente a fotossíntese, o crescimento vegetativo e a morfologia das plantas (Goudarzian et al., 2020).

 A seleção adequada da intensidade luminosa é crucial para equilibrar o crescimento robusto das plantas sem induzir estresses que possam comprometer o desenvolvimento saudável. Além disso, o uso de espectros de luz específicos permite direcionar o crescimento das plântulas, promovendo uma fotossíntese mais eficiente e ajustando a morfologia conforme necessário para maximizar a produção de biomassa (Shulgina et al., 2021).

A qualidade da luz também desempenha um papel fundamental no desenvolvimento in vitro, especialmente na otimização da relação entre fotossíntese e crescimento. O uso de comprimentos de onda adequados pode melhorar a eficiência da fotossíntese, garantindo o crescimento uniforme das plantas, ao mesmo tempo em que reduz o tempo necessário para o cultivo. Isso é particularmente importante no contexto de produção em larga escala, onde a consistência e a rapidez na obtenção de mudas de qualidade são essenciais para atender à demanda (Gonçalves et al., 2011).

Além da iluminação, a ventilação natural no ambiente in vitro é outro fator determinante para o sucesso do cultivo. A ventilação adequada regula a troca de gases, promove a transpiração e reduz a umidade relativa, o que evita o acúmulo de etileno, um hormônio que pode prejudicar o desenvolvimento das plantas. A eliminação eficiente de etileno e o controle da umidade criam condições mais favoráveis para o crescimento das plântulas e as preparam para o processo de aclimatização, tornando-as mais resistentes ao serem transferidas para o campo. A ventilação também melhora a taxa fotossintética, proporcionando um ambiente mais controlado e eficiente para o desenvolvimento das plantas (Zauli et al., 2021).

Assim, ao controlar cuidadosamente a intensidade da luz, a qualidade da luz e a ventilação natural, o cultivo in vitro de batata-doce pode ser otimizado para maximizar a produtividade e a qualidade das mudas. Esse método oferece uma solução eficaz para os problemas enfrentados na propagação convencional, garantindo a produção sustentável e a disponibilidade de mudas de alta qualidade ao longo do ano, contribuindo significativamente para a cadeia produtiva da batata-doce (Zhang et al., 2021).


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - RAFAEL MARLON ALVES DE ASSIS - UFLA (Membro)
Externo ao Programa - MANUEL LOSADA GAVILANES - DBI/ICN (Suplente)
Presidente - JOSE EDUARDO BRASIL PEREIRA PINTO (Membro)
Externo à Instituição - FLAVIA DIONÍZIO PEREIRA - EPAMIG (Membro)
Notícia cadastrada em: 04/11/2024 14:48
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