Biofortificação com selênio e iodo de amoreiras-preta e framboeseiras em regiões subtropicais
Rubus idaeus, Rubus spp., pós-colheita, nutrição mineral.
A biofortificação é uma prática agronômica para enriquecer as espécies alimentares com certos nutrientes. Visa aumentar o teor de minerais, como iodo (I) ou selênio (Se), já que as condições do solo não permitem a presença natural de quantidades adequadas desses elementos. Embora as plantas não precisem de I para o desenvolvimento, alguns estudos com biofortificação demonstraram aumento na produção de biomassa; também pode estimular a biossíntese de substâncias bioativas a saúde, como compostos fenólicos e vitamina C. A biofortificação com Se afeta o conteúdo fenólico total, a atividade da polifenol oxidase, bem como a atividade antioxidante. Foi demonstrada uma vida útil prolongada das frutas após a remoção do armazenamento, quando biofortificadas com Se, sendo a hipótese de estar relacionada ao aumento do conteúdo fenólico total. A indução de antioxidantes é considerada um mecanismo crucial para respostas adaptativas que levam à tolerância ao estresse em plantas. A amora-preta e a framboesa são muito apreciadas pelo seu sabor, valor nutricional e compostos antioxidantes. São uma excelente fonte de vitamina C e uma ampla gama de compostos fenólicos. Trabalhos recentes demonstraram o potencial da exploração agronômica da amoreira-preta e framboeseira em regiões subtropicais, mas, por serem fruteiras de clima temperado, as temperaturas ambientais mais elevadas proporcionam condições de estresse as mesmas, que pode ser sanada com a biofortificação com I e Se. O objetivo deste estudo foi quantificar os benefícios agronômicos de aplicações foliares com fertilizantes enriquecidos com I e Se em amoreira-preta e framboeseira em ambientes subtropicais, visando a melhoria da qualidade, da durabilidade pós-colheita, produção e crescimento das mudas.