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Banca de DEFESA: YURY MANOEL BRITO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: YURY MANOEL BRITO DA SILVA
DATA: 11/02/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Sala do DED - Formato híbrido (membro externo remoto e internos presencial)
TÍTULO:

UMA “CORRIDA MENOR” PARA UM SENTIDO MAIOR: CORRELAÇÕES ENTRE EDUCAÇÃO FÍSICA E A CORRIDA NA VIDA DE COLETORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS


PALAVRAS-CHAVES:

Coletor/Corredor de Resíduos Sólido; Representações Sociais; Atletismo; Educação Física Escolar; História de vida e processos formativos.


PÁGINAS: 261
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Ensino-Aprendizagem
ESPECIALIDADE: Métodos e Técnicas de Ensino
RESUMO:

A presente investigação prospectou as histórias de vida (compreendendo os aspectos formativos, familiares e laborais)  e os significados da corrida para os trabalhadores da coleta de lixo, de modo a compreender as representações relativas às experiências com a prática de pedestrianismo (corrida de rua), observando às idiossincrasias que compõem o conteúdo atletismo e a profissão do coletor de resíduos domiciliares, notadamente no tocante às (cor)relações com a Educação Física escolar, uma vez que o referido saber de natureza esportiva compõe o tecido das manifestação da cultura corporal do movimento, objeto epistemológico deste componente curricular escolar. Tratou-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, sob um desenho narrativo. Contou com a participação de três coletores/corredores, cognominados por: E 1; E 2; E 3. Para produção dos dados empíricos fez-se um período de imersão no cotidiano da profissão, cujos resultados compuseram o diário de campo (Apêndice IV), somado às entrevistas semiestruturadas (Apêndice I, II e III), aportadas por um roteiro com questões previamente definidas (Anexo B). Para análise dos dados elegemos a História Oral enquanto método analítico, com efeito, formulando-se categorias de análise. Em linhas gerias, os resultados evidenciaram cujos três participantes são profissionais experientes, dispondo de uma ou duas décadas de atividade laboral, oriundos socialmente das camadas populares, corolário, conhecem profundamente as marcas e os efeitos das desigualdades socioculturais de classe, haja vista o ingresso precoce no mundo do trabalho e obliteração do processo de escolarização, com exceção do E 2 que completou o ciclo da educação básica. Em que pese os limites da experiência escolar, chamou-nos à atenção o apreço pela matemática assinalada por E 1 e E 3, apesar da precariedade infraestrutural da escola descrita pelo depoente E 3. Constatamos, além disso, processos identitários relacionados à Educação Física e o conteúdo esportivo indicado pelos três. No que se refere à gênese do desejo para a prática da corrida por parte do depoentes, depreendeu-se que no caso dos E 2 e E 3, o influxo para a corrida se origina na escola, notadamente no domínio da Educação Física, enquanto para o E 1 o advento ocorre por intermédio do universo laboral. Outra averiguação foi a completa ausência de noções de preparação física específica para correr quando iniciaram a prática do pedestrianismo (corrida de rua), seja para treinar ou competir, suscitando dúvidas sobre os efeitos formativos da disciplina de Educação Física escolar. Em termos de implicações do pedestrianismo, os três indicam a constituição de vínculos sociais e amizades - mesmo sob a lógica da competitividade há confraternização, um paradoxo intrigante, afora benefícios como: saúde, integração social, alívio do estresse e busca por atividades que atendam a objetivos prazerosos ou performáticos, além da facilidade de sua prática em relação à estrutura física. Por fim, no que concerne à escolha da profissão propriamente, está ligada a fatores econômicos e a busca de estabilidade financeira para o sustento familiar e no caso de E 1 decorre uma idealização pueril, com contornos de encantamento e nostalgia. Notou-se, ademais, uma atividade laboral com rotina extenuante e com vulnerabilidades e inseguranças, além de ter sido historicamente marcada pelo processo de discriminação, invisibilidade e desprezo social para pessoas ou grupos da sociedade, embora o estudo verificou certa atenuação do preconceito e alguns sentimentos positivos em relação ao trabalho desempenhado.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - KLEBER TUXEN CARNEIRO AZEVEDO (Membro)
Externo à Instituição - JOÃO CARLOS MARTINS BRESSAN - UNEMAT (Membro)
Interno - FABIO PINTO GONCALVES DOS REIS (Membro)
Interno - ALESSANDRO TEODORO BRUZI (Suplente)
Externo à Instituição - ALCIDES JOSÉ SCAGLIA - UNICAMP (Suplente)
Notícia cadastrada em: 27/01/2025 09:15
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