O ENSINO DE FILOSOFIA COMO PRÁTICA DA LIBERDADE
Ensino. Freire. Filosofia. Experiência. Liberdade.
A filosofia retorna à sala de aula como o novo campo de experimentação pedagógica do pensamento filosófico. Por décadas a história da filosofia se limitou aos estudos acadêmicos, excluindo milhares de jovens da educação básica de exercitar a razão e a sensibilidade sobre as ciências, artes, religiões, políticas, éticas, epistemológicas, além de questões ligada às desigualdades sociais, econômicas e educacionais que assola o Brasil. A pesquisa tem como objetivo investigar práticas didático-pedagógicas que tornem os temas, problemas e conceitos da história da filosofia significativos para a vida dos alunos. A pesquisa encontra na pedagogia libertadora de Paulo Freire princípios didático-pedagógicos, como a liberdade, problematização e a crítica à educação bancária, fundamentais para formar cidadãos emancipados, capazes de atuar criticamente na transformação da realidade. A metodologia se baseia na abordagem qualitativa de cunho exploratório, com ênfase na obra “Pedagogia do Oprimido” (1987). A sustentação teórica pauta na revisão bibliográfica de livros, artigos e dissertações de pesquisadores, que se dedicam à proposta de uma prática filosófica que alinhe a história da filosofia com as experiências dos alunos. Conclui-se que exercitar o filosofar como prática da liberdade se torna possível no direito de cada um problematizar os seus próprios problemas. O pensamento filosófico em diálogo com as experiências, anseios e esperanças dos alunos pode libertarem das amarras da ideologia neoliberal na educação que trabalha arduamente para mantê-los subserviente ao mercado perverso.