MARCAS DA DOCêNCIA MASCULINA NA EDUCAçãO INFANTIL: EXPERIêNCIA, IDENTIDADE E COTIDIANO.
Identidade docente; Gênero; Feminização; Profissão.
O estudo pretendeu analisar as vozes e as marcas da docência masculina na Educação Infantil. Como esses professores se sentiam em um lugar onde são construídos conhecimentos e vínculos afetivos, na maioria das vezes, composto por mulheres, já que, ainda, predomina-se o discurso que essa profissão é uma atribuição tipicamente feminina. Historicamente, a docência na educação infantil é construída socialmente como uma profissão essencialmente feminina, ou seja, uma função materna, desse modo nota-se um receio quanto à presença da figura masculina nos cuidados de crianças pequenas e até tentativas de segregação, já que é visto como um sujeito estranho na escola. A pesquisa utilizou-se da metodologia qualitativa por meio de entrevistas abertas e semiestruturadas com os educadores que atuam na rede pública municípios do sul de Minas Gerais, considerando os seguintes aspectos: a escolha da profissão, a visão dos/as outros/as quanto essa escolha, realização com a profissão, suas impressões quanto ao local de trabalho e as colegas docentes, suas experiências marcantes durante sua atuação como educador. As análises se embasaram nos aportes teóricos de Scott, Louro, Larrosa, Tomás Tadeu da Silva, debruçando-se sob conceitos, como gênero, experiência e identidade. Percebeu-se que muitos dos olhares que os educadores possuem de si se aproximam da visão de grande parte das pessoas. Desse modo, tentam evitar determinadas atitudes por receio das ideias que poderiam ser criadas pelas demais pessoas da comunidade escolar e da sociedade.