A educação da imaginação: a literatura e a formação do sujeito moral.
Literatura; educação ética e estética, formação de professores.
O objetivo dessa dissertação é compreender como o imaginário formado por meio da literatura pode contribuir para a educação ética e estética do sujeito. Para tal, será identificado como a imaginação tem um papel imprescindível para compreensão do mundo e como a literatura pode colaborar na capacidade de compreensão da realidade e na formação moral do sujeito. A seguir, será analisado como a sociedade pós-industrial tem prejudicado a imaginação através da deterioração cultural promovida pela publicidade e pelas técnicas de manipulação em massa perpetrada pela cultura de massas, e como o desenvolvimento cultural ligado as sensações tem prejudicado a formação de um imaginário moral, atento ao bom, belo e verdadeiro, através da hiperestimulação das sensações promovida pelas máquinas de imagens, que acaba gerando um desvio de atenção nas crianças que é manifesto pelos alarmantes números de crianças diagnosticadas com TDAH. Para então, traçar uma orientação de como a literatura pode ampliar a capacidade de compreensão da realidade e como isso pode ser absorvido pela educação formal. O estímulo em produzir essa pesquisa nasce da minha experiência como professor, pois ao lecionar filosofia no ensino médio e fundamental percebi que os alunos tinham uma compreensão muito aquém do necessário para conseguir compreender o discurso abstrato próprio da linguagem filosófica. A relevância da pesquisa se dará ao passo que a educação da imaginação através da literatura visa possibilitar que o sujeito desenvolva de forma progressiva os elementos básicos da cognição humana e da sua estrutura moral, o que irá possibilitar o correto alargamento das capacidades cognitivas do sujeito. Essa pesquisa tem um caráter qualitativo, e foi desenvolvida por meio de pesquisa bibliográfica e feita em forma de ensaio. Foi utilizada uma série de autores da tradição filosófica e da educação, mas entre eles podemos destacar Aristóteles, Northop Frye, Cristoph Türcke e Mortimer Adler.