Autobiografia como instrumento constitutivo na identidade docente: uma reflexão sobre vivências no PIBID
PIBID, narrativas autobiográficas, formação docente
Atualmente, muito tem-se discutido acerca da importância do Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência, PIBID, bem como sobre a contribuição que tal programa
oferece para a formação de professores, já que ele pretende promover a iniciação do
licenciando no ambiente escolar da rede pública de ensino, visando estimular a observação e a
reflexão sobre a licenciatura, além de aproximar o aluno com a prática docente (NÓVOA,
2013; ROMERO, 2017). Pensando nisso, por meio de uma autobiografia, abordo de que
forma o programa auxiliou em minha formação e as experiências que possibilitaram a
construção e reflexão de minha identidade docente, levando em consideração o meu
desenvolvimento durante o período de licenciatura, uma vez que a prática docente está em
consonância com a formação da identidade do indivíduo (HALL, 2006; BARCELOS, 2016).
Nesse viés, Zabalza (2004), Nóvoa (2013), Barcelos (2016), asseveram que o professor se
constrói a partir das experiências vivenciadas de acordo com o contexto em que ele se
encontra e não somente embasado nos conteúdos propostos em cursos de formação como o de
Letras. Inserindo-me nessa vertente de pesquisa e especificamente no grupo de pesquisa
Identidade do Docente de Línguas (IDOLin), analiso como eu, estudante de Letras, avalio
minha participação no PIBID, minhas contribuições durante a participação no programa e
dificuldades durante o trabalho. A elaboração da autobiografia e sua análise me levaram a
perceber que o ato de reflexão acerca da minha prática docente permitiu que eu ressignificasse
minhas ações, transformasse minhas concepções sobre ensino-aprendizagem de português,
percebesse e valorizasse a ajuda do outro, vendo como ela pode ser significativa em minhas
ações, além de evidenciarem quanto o PIBID influenciou na minha identidade docente.