Educação a distância como novo locus da Educação Bancária e da Semiformação
Educação Bancária. Dialogicidade. Semiformação. Telas Eletrônicas.
O presente trabalho problematiza como o uso das telas midiáticas no contexto do capitalismo contemporâneo tem reproduzido uma forma ampliada daquilo que Paulo Freire (1978) denominou de Educação Bancária, para tal, recupera conceitos freireanos, como conscientização, autonomia, dialogicidade, e Ser Mais, discutindo-os em diálogo com o pensamento de Adorno, Horkheimer e C. Türcke, autores da chamada TCS, especialmente em articulação com os conceitos de Indústria Cultural, Semiformação, Sociedade Excitada e sensação que oferecem suporte epistemológico para que as telas midiáticas sejam abordadas como amplificadoras de Educação Bancária para além do espaço escolar. Este estudo aponta que o uso massivo das telas eletrônicas, no contexto do capitalismo contemporâneo, tem conduzido os indivíduos ao afastamento das relações dialógicas, que segundo Freire promovem o Ser Mais, a descoberta de suas próprias potencialidades e singularidades. Em vez disso, as subjetividades têm sido reafirmadas isoladamente, promovendo a Sensação de Ser Mais (SSM) de autossuficiência, impossibilitando a consciência de si como oprimido e a existência de mecanismos opressores, o que produz modificações na subjetividade e dificulta o processo de conscientização de si e dos processos de opressão para a prática de uma Educação Libertadora.