O MAL-ESTAR E O ADOECIMENTO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO ENSINO FUNDAMENTAL: CONTRIBUIÇÕES DAS PESQUISAS ACADÊMICAS
Mal-estar docente; adoecimento docente; valorização da docência; educação básica.
É inegável que a educação é um dos alicerces sobre os quais as sociedades contemporâneas garantem a formação plena e integral de seus cidadãos e proporcionam a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Neste sentido, o papel dos e das docentes se constitui em elemento fundamental para a garantia de uma educação que alcance os objetivos e anseios da sociedade. Entretanto, cada vez mais, temos visto a desvalorização e a precarização do trabalho docente nas últimas décadas do século XX e início deste século. Tal situação tem favorecido o agravamento do mal-estar e do adoecimento docente, causando situações de enfermidade física, psicológica, mas também levando à desistência da profissão ou ao desinteresse das novas gerações por essa carreira. Inúmeras pesquisas já vêm estudando essa situação ao longo do tempo, procurando identificar as causas do mal-estar e do adoecimento docente, sem, entretanto, resolver ou diminuir esse problema. Diante desse cenário, desenvolveu-se pesquisa com o objetivo de identificar e analisar as pesquisas acadêmicas que trataram dessa temática, procurando levantar os principais problemas elencados como causas do mal-estar e adoecimento docente, mas, fundamentalmente, analisar as conclusões a que chegaram esses trabalhos, com vistas à propor encaminhamentos para mitigar tal situação em redes municipais de ensino que atendem educação infantil e ensino fundamental. Para tanto, procedeu-se a um levantamento e análise de teses e dissertações sobre o tema em bancos de dados e repositórios. A análise dos trabalhos selecionados revelou que a maioria das causas do mal-estar e do adoecimento docente se relacionam às condições de trabalho, à desvalorização da carreira, à ausência de formação continuada para os docentes e também à fragilidade da formação inicial. As propostas apresentadas nas pesquisas possibilitaram a elaboração de um conjunto de recomendações para secretarias municipais e escolas, com o intuito de potencializar a reflexão e promover a elaboração de propostas de apoio para o enfrentamento de situações de mal-estar e adoecimento docente.