ALFABETIZAÇÃO E PANDEMIA: PERCEPÇÕES DOCENTES SOBRE FORMAÇÃO E PRÁTICA PEDAGÓGICA
Ensino remoto; Alfabetização; Formação Docente; Pandemia.
Com a mudança de cenário social no início de 2020, devido a pandemia causada pela Covid-19, as escolas do mundo todo tiveram suas aulas presenciais suspensas. Professores precisaram adequar sua prática pedagógica diante de um contexto novo e, ao mesmo tempo, desconhecido. Com a suspensão ocorrida a partir de março de 2020, tanto o governo estadual quanto o municipal, teveram que desenvolver estratégias para que as aulas não fossem paralisadas. Assim, foi adotada a modalidade remota. Em Minas Gerais, em meados de maio do mesmo ano, iniciou o ensino remoto, em um cenário de incertezas, novidades e, simultaneamente, de adaptação ao isolamento social imposto. Famílias e professores se viram frente a necessidade de se adaptar às novas exigências desse formato de ensino baseado nas tecnologias digitais e no acesso à internet. Com a retomada das aulas semipresenciais, em 2021, o ensino remoto trouxe expectativas e reflexões acerca da prática pedagógica do professor alfabetizador. Muito se questionou sobre a formação docente específica no período pandêmico, pois houve muitas incertezas quanto as adaptações dos professores, ao atendimento das novas demandas e a garantia de um ensino-aprendizagem aos alunos que cumprisse às exigências legais impostas. Assim, esta pesquisa tem por objetivo compreender a percepção dos professores, especificamente daqueles que atuaram como alfabetizadores, frente ao ensino remoto durante o período pandêmico, bem como os desafios impostos no contexto escolar e na sua prática pedagógica. Tratou-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, de cunho qualitativo, com a aplicação de um questionário com professoras alfabetizadoras atuantes nos anos iniciais do ensino fundamental. A pesquisa busca fundamentação teórica nos estudos de Soares (2002; 2004; 2016) sobre alfabetização, de Nóvoa (1991; 2017) quanto a formação de professores, de Macedo (2022) em relação a Alfabetização e Pandemia. A reflexão proposta pela pesquisa está pautada na mescla entre o ensino presencial e o ensino remoto que se apropria do mundo digital, adotando metodologias diferenciadas para a aprendizagem dos alunos, onde a formação docente e a prática pedagógica assumem um papel crucial para que de fato essa aprendizagem aconteça.