Avaliação da Utilização de Cubos de Diferentes Madeiras Tratadas Termicamente no Processo Maturação/Envelhecimento de Cachaças.
Maturação, Madeiras, Análises físico-químicas e cromatográficas, Análises Anatômicas, Compostos Fenólicos
A cachaça é um destilado brasileiro proveniente da cana-de-açúcar, com graduação alcoólica de 38% a 48% e de grande importância cultural e econômica, cuja qualidade é essencial para sua competitividade. Em 2024, a produção foi de aproximadamente 292,5 milhões de litros. O uso de barris de madeira para armazenar/envelhecer a bebida agrega valor ao produto, conferindo complexidade sensorial e maior aceitação do consumidor. A legislação elucida de forma clara a diferença entre a cachaça armazenada e a cachaça envelhecida, que por sua vez envolvem o volume dos recipientes utilizados e o tempo de exposição da bebida. Uma alternativa ao armazenamento/envelhecimento é o uso de cubos de madeira. No entanto, há poucas evidências de que essa técnica reproduza os mesmos efeitos do armazenamento/envelhecimento, já que os fragmentos não permitem a oxigenação da bebida, impedindo que as reações de oxidação ocorram. A interação entre madeira e cachaça resulta na extração de compostos presentes na madeira, uma vez que a cachaça age como meio extrativo. Os objetivos deste trabalho serão analisar físico-quimica e cromatograficamente os Parâmetros de Identidade e Qualidade (PIQ’s), estipulados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (MAPA), avaliar os diferentes compostos fenólicos e analisar a anatomia dos fragmentos antes e depois do contato da bebida com os cubos de madeira.