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Banca de DEFESA: LÍGIA FERREIRA DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LÍGIA FERREIRA DE SOUZA
DATA: 19/02/2025
HORA: 14:30
LOCAL: Online
TÍTULO:

MITIGAÇÃO DAS EMISSÕES DE METANO ENTÉRICO COM PASTAGENS CONSORCIADAS: Estratégia para promover a sustentabilidade na pecuária


PALAVRAS-CHAVES:

Desmodium ovalifolium. Emissão de metano entérico. Pecuária. Sustentabilidade.


PÁGINAS: 44
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
SUBÁREA: Pastagem e Forragicultura
ESPECIALIDADE: Manejo e Conservação de Pastagens
RESUMO:

As emissões de metano entérico (CH4), processo biológico realizado pelos ruminantes, contribuem expressivamente para as emissões de gases do efeito estufa. Nesse contexto, o uso de leguminosas, por meio dos taninos condensados (TC), é capaz de mitigar esse poluente e aumentar a eficiência do uso da energia. O objetivo do trabalho foi avaliar a emissão de CH4 entérico, juntamente com desempenho e o metabolismo de novilhas Nelores em pastagens mistas de Urochloa brizantha (BB) e Grona ovalifolium (DO), em comparação à monocultura de U. brizantha, fertilizada ou não com nitrogênio (N), sob lotação rotativa com taxa de lotação variável. A hipótese do trabalho é que os animais consumindo DO irão reduzir as emissões entéricas de CH4 sem alterar o padrão de consumo e desempenho. O projeto foi realizado na Estação Experimental do Extremo Sul da Bahia – CEPLAC – ESSUL, Itabela-BA, onde implantou-se três tipos de pastagens em blocos casualizados com três repetições, sendo: 1) consórcio de BB + DO; 2) monocultura de BB fertilizada com 150 kg/ha/ano de N; e 3) monocultura de BB sem adubação nitrogenada. O manejo adotado foi de lotação rotativa, com sete dias de pastejo seguido por 28 dias de descanso. Utilizou-se 18 novilhas, com peso corporal médio de 236 kg durante todo o experimento. A taxa de lotação foi ajustada com base na oferta de forragem de 1 kg de forragem verde/kg de peso corporal, com a utilização do método “put and take” para adição/remoção de animais reguladores. Amostras de massa de forragem foram coletadas a cada 14 dias nas condições pré e pós-pastejo. Os animais foram pesados mensalmente, a fim de quantificar o ganho médio diário, taxa de lotação e ganho por área. Avaliou-se o valor nutritivo, dieta, consumo, digestibilidade, emissão de CH4 e balanço de nitrogênio uma vez por estação do ano. As variáveis mensuradas foram agrupadas por estação do ano e avaliadas como medidas repetidas no tempo pelo PROC MIXED do SAS e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 10% de probabilidade. Efeito de tratamentos e estações do ano foram considerados como fixo, e de blocos e anos como aleatórios. A massa de forragem pré e pós-pastejo foi semelhante entre os tipos de pastagem (P ≤ 0,570), com as médias de 3351 kg/ha e 2603 kg/ha, respectivamente. No BB+DO, à proporção de leguminosa foi 25,2% na condição pré-pastejo e 26,4% na condição pós-pastejo. Não houve diferença estatística para o peso médio (233 kg; P = 0,288); ganho médio diário (0,460 kg/dia; P = 0,405), taxa de lotação (1,85 UA/ha; P = 0,254) e ganho por área (98,5 kg/ha/estação; P = 0,785). A dieta dos animais no BB+DO apresentou um aumento de 5% na proteína bruta, 58% nos TC, 0,54% na matéria orgânica e 19% na fibra indigestível em detergente neutro em relação às monoculturas (P ≤ 0,040), sem alterar o consumo de matéria seca (1,88% do peso corporal; P = 0,755) e digestibilidade da matéria seca (média de 54%; P ≤ 0,569). A eficiência da utilização do N foi superior no BB+DO, pois reduziu a excreção de N na urina (P = 0,003) e aumentou a eficiência de síntese de proteína microbiana (168,2 g de Pmic/kg de MOD; P = 0,036). As emissões deCH4 por animal (P < 0,001), por peso corporal  P = 0,013), por peso metabólico (P = 0,001), por ganho médio diário (P =0,019), por consumo de matéria seca (P = 0,074) e por área (P = 0,055) foram menores nas novilhas no tratamento BB+DO, sendo 25% inferior em relação às emissões dos animais nos demais tipos de pastos, mas sem afetar o desempenho animal. O estudo evidencia que a introdução de DO nas pastagens é uma estratégia robusta para mitigação das emissões de CH4 entérico, sem comprometer o desempenho animal. Apesar da produtividade semelhante entre os sistemas avaliados, o uso de leguminosas demostrou potencial para a sustentabilidade na pecuária. Práticas para a produção de carne com baixo carbono não beneficia somente o meio ambiente, mas também pode atender à crescente demanda dos consumidores e das indústrias por produtos com menor impacto ambiental. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - MARCIO MACHADO LADEIRA (Suplente)
Presidente - DANIEL RUME CASAGRANDE (Membro)
Externo à Instituição - DALTON HENRIQUE PEREIRA - UFMT (Membro)
Externo à Instituição - CLAUDIA DE PAULA REZENDE - CEPLAC (Membro)
Externo à Instituição - BRUNO JOSÉ RODRIGUES ALVES - EMBRAPA (Membro)
Externo à Instituição - ADENILSON JOSE PAIVA - UFRRJ (Suplente)
Notícia cadastrada em: 10/02/2025 16:55
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