Qualificação realizada por meio de avaliação escrita e arguição.
Respostas Genéticas e Metabólicas à Biossíntese de Ácidos Graxos em Tilápia do Sul e Nordeste do Brasil
Oreochromis niloticus; tilápia; nutrição; LC-PUFAs; metabolismo lipídico; temperatura; expressão gênica.
Oreochromis niloticus (tilápia) é a principal espécie de peixe cultivada no Brasil, mas sua produção é afetada por flutuações de temperatura, principalmente no outono/inverno. A baixa tolerância térmica resulta em redução do crescimento, aumento da mortalidade e perdas econômicas significativas. Embora estudos indiquem que dietas ricas em ácidos graxos polinsaturados de cadeia longa (LC-PUFAs), como ácido docosahexaenóico (DHA), ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido araquidônico (ARA), melhorem o desempenho em baixas temperaturas, os mecanismos moleculares envolvidos, especialmente o papel do EPA e DHA em tilápias, são pouco compreendidos. Este estudo investigará as respostas genéticas e metabólicas de diferentes variedades de tilápia do Sul e Nordeste do Brasil alimentados com dietas contendo diferentes perfis de ácidos graxos (MUFAs, n-3, n-6 e LC-PUFAs) sob diferentes temperaturas. Serão analisados: desempenho produtivo (crescimento, conversão alimentar, sobrevivência), morfologia, composição lipídica em tecidos (fígado, músculo e encéfalo), parâmetros imunológicos e expressão gênica. Serão utilizados 180 por variedade genética perfazendo um total de 360 de duas variedades, com peso inicial de 10g, distribuídas em 24 tanques de 500L em sistema de recirculação, contendo 15 peixes/tanque. Quatro dietas experimentais, com diferentes proporções de MUFAs, n-3, n-6 e LC-PUFAs, serão administradas duas vezes ao dia durante sete semanas. No final, três peixes por tanque serão eutanasiádos para posterior análises. Os dados serão analisados por ANOVA (α = 0,05) utilizando o software Rstudio.