Educação em Saúde e Vivências para a Humanização da Assistência Perinatal: reflexões a partir do projeto Carmelina em Luminárias, Minas Gerais.
Violência Obstétrica. Humanização do Parto. Saúde materno-infantil. Diálogo e Participação. Emancipação. Projeto Carmelina.
O universo do parto foi atravessado por diversas transformações nas últimas décadas, passando de uma vivência coletiva, feminina e natural para um ato médico, controlado e solitário, tornando a mulher um objeto, que de forma passiva é conduzida a viver situações e procedimentos invasivos, rotineiros e muitas vezes violentos, interferindo diretamente na sua saúde durante o pós-parto. Apesar do surgimento recente da Humanização da Assistência ao Parto, essa ainda é uma realidade distante da maioria das mulheres brasileiras. Diante do exposto, o Projeto Carmelina, uma Pesquisa-Ação executada em parceria com Secretaria de Saúde de Luminárias-MG, uniu educação e saúde, através de ações e vivências, que contribuíram para o cuidado perinatal das mães usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) desta pequena cidade. Portanto, essa dissertação tem o objetivo de apresentar a experiência coletiva dessa pesquisa-ação e as vivências do Projeto Carmelina, entrelaçando as teorias que fundamentaram o mesmo. Para isso, utilizando o recurso narrativo da Escrevivência, essa pesquisa foi relatada com a esperança de que sua história seja inspiração e guie os passos de mais trabalhos como esse, que buscam contribuir para que mais mulheres recebam uma assistência perinatal digna, acolhedora emancipatória.