AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO DO APEGO COM RESPONSIVIDADE MATERNA DURANTE A INTRODUÇÃO ALIMENTAR
alimentação complementar; padrões de cuidado materno; relações mãe-filho
Introdução: os primeiros mil dias se configuram como um período crucial para saúde
infantil. Estudos mostram a importância de avaliar práticas e comportamentos maternos
na alimentação dos filhos. A alimentação responsiva é caracterizada por uma relação
recíproca e respeitosa entre cuidador-bebê, relacionado a diversos desfechos positivos
na saúde infantil. A teoria do apego, proposto por Bowlby, refere-se a padrões de
segurança na relação cuidador-criança que influenciam diretamente na sensibilidade
parental. Diversos fatores podem contribuir para uma alimentação responsiva, como
apego seguro, idade materna, amamentação, trabalhar fora de casa e planejamento da
gravidez. Objetivo: O presente estudo visa avaliar a relação entre apego e alimentação
responsiva durante a introdução alimentar e fatores associados. Métodos: Estudo
transversal, quantitativo e observacional, realizado na Universidade Federal de Lavras,
Minas Gerais. Derivado do projeto “Apego e Alimentação Responsiva na 1ª infância:
Avaliação da Relação com Amamentação e Introdução Alimentar (AAMAR)”. Foram
incluídas mães maiores de 18 anos com crianças de 6-12 meses residentes em Lavras e
excluídas mães não residentes em Lavras. Aplicou-se questionário via Google Forms
contendo, caracterização da amostra, Instrumento de Avaliação do Vínculo Afetivo
Mãe-Bebê no Pós-Parto (PBQ) e Infant Feeding Style Questionnaire Brasil (IFSQ-Br).
A análise estatística foi realizada pelo STATA versão 13.0, teste de associação (Qui-
quadrado) regressões logísticas multinominais para identificar fatores associados à
responsividade materna. Resultados: Não foram encontradas associações pelo Qui-
quadrado. A regressão logística demostrou associação entre mães do 1º Tercil da
alimentação responsiva apresentaram mais chance de estarem com pontuação do apego
acima da mediana, em comparação com as mães do 3º tercil β = 1,28 (IC 95%:
0,17–2,39; p = 0,024). Na análise ajustada manteve-se associação β = 1,96 (IC 95%:
0,42–3,50; p = 0,012). Conclusão: A alimentação responsiva está negativamente
associada com apego não saudável em mães de crianças em fase de introdução
alimentar.