EFFECT OF RUMEN NEUTRALIZERS ON PERFORMANCE, DIGESTIBILITY, CHEWING BEHAVIOR, AND RUMEN FERMENTATION OF DAIRY COWS
Acidose. Bicarbonato de sódio. Digestibilidade. Óxido de magnésio. pH ruminal. Gordura do leite
Aditivos alimentares neutralizantes do pH podem melhorar o desempenho de vacas leiteiras através de mecanismos relacionados ao controle de acidose ruminal e sistêmica e maior digestibilidade de nutrientes. Uma fonte de MgO calcinado foi desenvolvido para ter alta e persistente ação sobre o pH ruminal (pHix-Up, PHP). Este experimento avaliou o efeito da adição de bicarbonato de sódio (BIC. 1% da MS) ou PHP (0,5% da MS) a uma dieta basal (CTL) sobre o consumo de matéria seca, desempenho leiteiro, perfil de ácidos graxos do leite, digestibilidade de nutrientes, perfil fermentativo no rúmen, pH ruminal e fecal, comportamento ingestivo e balanço ácido-básico venoso. Quinze vacas Holandesas (29,5 kg/d de leite e 193 ± 120 dias em lactação) formaram 5 quadrados latinos 3 × 3 e receberam uma sequência dos 3 tratamentos em períodos de 21 dias e 13 dias de adaptação aos tratamentos. Durante os 17 primeiros dias de cada período as vacas foram alimentados com uma dieta com 22,6% de amido na matéria seca. No dia 17, o alimento foi removido às 2200 h e uma dieta com 31,6% da matéria seca foi fornecida à vontade do dia 18 ao 21 e mensurações foram obtidas ao longo do tempo. Os contrastes avaliados foram: CTL vs PHP e BIC vs PHP. Antes da indução de acidose o consumo de matéria seca (22,6 kg/d) e a produção de leite (27,5 kg/d) não diferiram. O PHP tendeu a aumentar o teor de gordura no leite (3,81%) em comparação ao CTL (3,63%) e BIC (3,65%). O PHP tendeu a aumentar o teor na gordura do leite de ácidos graxos monoinsaturados, insaturados, esteárico e oleico e aumentou a secreção diária de monoinsaturados, insaturados e oleico. Houve tendência de aumento na digestibilidade do extrato etéreo no trato digestivo total no PHP em comparação ao CTL (92,8 vs 91,5% do consumo). Durante a indução de acidose o consumo de matéria seca (22,9 kg/d) e a produção de leite (26,3 kg/d) também não diferiram. O BIC tendeu a aumentar os teores no leite de proteína (3,36 vs 3,30%) e de caseína (2,63 vs 2,58%) e aumentou a síntese de proteína microbiana no rúmen mensurada pela excreção diária de alantoína na urina. O pH, HCO3- e o excesso de base sanguíneo foram menores durante a indução de acidose. O PHP aumentou a pressão parcial de CO2 e tendeu a aumentar a concentração de íons bicarbonato e CO2 total no sangue em comparação ao CTL. A relação entre acetato e propionato no fluído do rúmen foi 3,8 antea da acidose e 2,7 durante a acidose e não foi afetada por tratamento. O pH fecal foi menor durante acidose e foi maior para o PHP antes e durante acidose. Durante a acidose, o PHP tendeu a aumentar o pH ruminal médio (6,29 vs 6,24) e tendeu a diminuir a duração de pH ≤ 6,2 (555 vs 653 min/d) e aumentou o pH ruminal mínimo (5,84 vs 5,72) em comparação a BIC. O PHP também tendeu a aumentar o pH mínimo em comparação ao CTL (5,75). A concentração sérica de Mg foi maior para o PHP e o BIC tendeu a aumentar o Na sérico em comparação ao PHP. Vacas alimentas com PHP antes da acidose tenderam a ter menor tempo de refeições (394 vs 408 min/d) e de ruminação (460 vs 489 min/d e 73 vs 78 min/pH ruminal) que CTL. Durante a acidose, o PHP tendeu a reduzir o tempo de ingestão (336 vs 353 min/d) e de ruminação (19,4 vs 20,4 min/kg MS) em comparação ao CTL. A suplementação de PHP para vacas em final de lactação alimentadas com menor teor de amido tendeu a aumentar o teor de gordura e a secreção de ácidos graxos insaturados pré-formados no leite, a digestibilidade do extrato etéreo e o pH ruminal mínimo. Os aditivos neutralizantes aumentaram a capacidade tamponante do sangue durante acidose e PHP induziu pH ruminal mais alto que BIC.